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Lufthansa expõe situação crítica para sindicatos

Marion Andrea Strüssmann19 de outubro de 2001

A companhia aérea alemã Lufthansa se reuniu com representantes dos sindicatos ver.di e Cockpit para tratar da séria crise econômica da empresa.

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A companhia aérea alemã Lufthansa atravessa uma das piores crises desde sua fundação. Nesta sexta-feira, a reunião entre a direção da empresa com representantes dos sindicatos ver.di e Cockpit, para discutir a implantação de medidas emergenciais de contenção de despesas, foi encerrada sem um consenso.

A Lufthansa não quis fazer qualquer declaração sobre o encontro, que contou com a presença do presidente da companhia, Jürgen Weber, o presidente do ver.di, Frank Bsirske e também do presidente da associação de pilotos Cockpit, Thomas von Sturm. Segundo um representante do sindicato dos funcionários, a Lufthansa aproveitou a reunião de hoje para expor em detalhes a atual situação econômica da empresa.

Nas próximas semanas, os sindicatos farão reuniões internas para avaliar o caso. Um novo encontro de cúpula deve acontecer dentro de duas ou três semanas. A Lufthansa mergulhou em uma grave crise econômica em decorrência dos atentados ocorridos nos Estados Unidos, no dia 11 de setembro.

A empresa pretende, entre outras medidas, instalar uma semana de trabalho de apenas quatro dias e reavaliar os salários dos funcionários para evitar demissões em massa. De acordo com Wolfgang Mayrhuber, integrante da diretoria do conglomerado, apenas no setor de passageiros, um em cada quatro ou cinco postos de trabalho está ameaçado de corte.

Em entrevista publicada na revista interna da empresa, Lufthanseat, Mayrhuber admitiu que a situação é bem mais dramática do que se supunha. Após os atentados aéreos, o número de passageiros diminuiu consideravelmente, e a companhia alemã registra um déficit semanal de cerca de 50 milhões de euros. Para se ter uma dimensão do problema, seria necessário demitir 60 pessoas por dia para estabilizar a situação na empresa.

Menos vôos: A Lufthansa já cancelou 51 vôos de longa distância e 244 vôos de curta e média distância. Vinte e oito aeronaves estão estacionadas, a título de economia. A empresa deixou de atuar em 16 rotas. Tais medidas, entretanto, não estão surtindo o efeito necessário.

Ações em baixa: A crise econômica da Lufthansa está se refletindo também no setor acionário. A cotação das ações da empresa na bolsa de valores de Frankfurt, no começo da tarde desta sexta-feira, era inferior à de ontem. Uma ação da Lufthansa está valendo 11,27 euros, 4% a menos.