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Líder da oposição encerra greve de fome na Venezuela

24 de junho de 2015

Preso desde o ano passado, Leopoldo López anuncia fim do protesto após anúncio de eleições parlamentares para dezembro. Oposicionistas manterão pressão para que os presos políticos sejam libertados.

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Leopoldo Lopez Hungerstreik
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gutierrez

Leopoldo López, líder da oposição na Venezuela, encerrou nesta terça-feira (23/06) a greve de fome, iniciada há um mês, um dia após ter uma de suas exigências atendidas pelo governo. Entre os pedidos do político, que se encontra preso, estava o estabelecimento de uma data para as eleições parlamentares no país.

Nesta segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que o sufrágio ocorrerá no dia 6 de dezembro. Pesquisas de opinião apontam a oposição como favorita na corrida eleitoral.

"Realizamos este protesto não para morrer, mas para que todos os venezuelanos possam viver dignamente. Obtivemos avanços, mas ainda há um caminho a ser percorrido na luta pela conquista da democracia", declarou López por meio de uma carta lida pela esposa, Lilian Tintori, a dezenas de jovens que também participaram do jejum.

Preso desde o ano passado, o oposicionista de 44 anos perdeu mais de 15 quilos durante o protesto. Em sua conta no Twitter, ele disse estar agradecido a todos os venezuelanos e a todas as instituições "preocupadas" com a saúde dos manifestantes. "Vou me recuperar e continuar lutando por uma Venezuela melhor", destacou López, detido no presídio militar de Ramo Verde, na cidade de Los Teques.

Juntamente com López, o ex-prefeito do município de San Cristóbal Daniel Ceballos também participou da greve de fome. Ele pedia ainda a libertação dos por ele considerados "presos políticos" do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A oposição e algumas ONGs afirmam que existem dezenas de presos políticos na Venezuela, enquanto Maduro afirma tratar-se de "políticos presos", fazendo referência ao termo usado pelo ex-presidente Hugo Chávez. Apesar da pressão para que eles sejam soltos, Maduro insiste que a justiça na Venezuela é autônoma, e que os detidos são criminosos, acusados de tentar desestabilizar o país.

MSB/rtr/efe/dpa