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Expo 2010

19 de maio de 2010

Dia da Alemanha na Expo Shanghai 2010 conta com a presença do presidente Horst Köhler. No dia anterior, porém, houve tumulto no pavilhão alemão: visitantes e agrediram uma funcionária e gritaram "nazistas" em coro.

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Pavilhão alemão na Expo ShanghaiFoto: Yovohagrafie, Deutscher Pavillon

O presidente alemão, Horst Köhler, esteve nesta quarta-feira (19/05) no pavilhão da Alemanha da Expo em Xangai. A visita do chefe de Estado aconteceu no dia em que foi comemorado o dia da Alemanha na exposição.

Em seu discurso, Köhler disse que os países precisam adotar uma política de cooperação para diminuir a pobreza e limitar os efeitos das mudanças climáticas. "Nem mesmo os Estados mais poderosos podem impor seus interesses de forma unilateral", defendeu o presidente da Alemanha.

Para ele, a China passará por um processo contínuo de abertura nos próximos anos. "É sabido que não é possível manter todos com as bocas e as orelhas tapadas por muito tempo", disse Köhler. Ele acredita que a abertura política virá aos poucos, num diálogo aberto e de confiança.

Flash-Galerie China Expo 2010 in Schanghai Deutsch-Chinesisches Haus
A multifuncional Casa Teuto-ChinesaFoto: Deutschland und China - Gemeinsam in Bewegung/ www.kingkay.com

Neste processo de transformação, a Alemanha vê possibilidades comerciais. "A China está a caminho de se tornar um parceiro confiável de cooperação e a Alemanha pode desempenhar um papel importante aí", assinalou o presidente, que na exposição visitou também o pavilhão de bambus da campanha "Alemanha e China – juntos em movimento". Este foi o último compromisso de Köhler numa viagem de três dias pelo país.

Nem tudo são flores

Um dia antes da visita de Köhler, o pavilhão alemão na Expo 2010 foi palco de cenas lamentáveis. Vândalos arrancaram flores dos canteiros e as atiraram contra o pavilhão. Alguns gritavam em coro na cui (nazistas, em chinês).

Com raiva, pisaram no pé de uma das funcionárias, contou Marion Conrady, porta-voz do pavilhão alemão. "Na verdade, não dá para fazer muita coisa, só dá para balançar a cabeça, mas nosso pessoal continua amigável".

O tumulto ocorreu num dia em que foi muito longa a espera para entrar no pavilhão. Algumas pessoas – entre elas cadeirantes – tiveram de ficar na fila por até duas horas. Para os organizadores do pavilhão alemão, a falha é da direção do evento.

Carta de protesto aos organizadores

Já no dia 2 de maio, o responsável pelo pavilhão alemão, Dietmar Schmitz, escreveu uma carta de protesto ao comissário-geral da exposição, Hua Junduo, conforme relatou o jornal Süddeutsche Zeitung. Nela, ele reclamou do "comportamento intolerável dos visitantes, incluindo insultos pessoais revoltantes e agressões corporais".

Ele solicitou à organização que melhorasse as condições de segurança. O comitê de direção da exposição também será informado, disse a porta-voz Conrady: "Foi verificado que nós não fomos os únicos e eles registraram nosso problema adequadamente".

Incidentes em pavilhões de outros países

Também houve problemas em pavilhões de outros países. O pavilhão britânico teve até mesmo de ser fechado temporariamente. Também houve incidentes nos pavilhões da Suíça e da Áustria. No entanto, Clelia Kanai, porta-voz do pavilhão suíço, está certa de que o que levou aos problemas foi a quantidade de visitantes, mais do que a agressividade em si.

"Incidentes em casos isolados são esporádicos. Estas pessoas têm de esperar até duas horas na frente de cada pavilhão e isto pode ser muito frustrante", argumentou.

Pavilhão em si é atração

O pavilhão da Alemanha é uma das atrações da exposição mundial, cujo tema é o desenvolvimento urbano com qualidade de vida. O pavilhão alemão, a mais cara representação alemã construída para uma Expo, custou 50 milhões de euros. O tema do pavilhão é "Balancity, a cidade em equilíbrio".

TM/dw/dpa

Revisão: Roselaine Wandscheer