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Justiça americana condena Marin

22 de dezembro de 2017

Ex-presidente da CBF é considerado culpado pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude financeira e organização criminosa envolvendo contratos da Copa América, Libertadores e Copa do Brasil.

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José Maria Marin em frente ao tribunal em Nova York, em novembro
José Maria Marin em frente ao tribunal em Nova York, em novembroFoto: picture alliance/dpa/AP Photo/M. Altaffer

Um tribunal de Nova York condenou nesta sexta-feira (22/12) o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, de 85 anos, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude financeira e organização criminosa envolvendo contratos da Copa América, Libertadores e Copa do Brasil. 

O brasileiro foi acusado de aceitar propinas no valor de 6,5 milhões de dólares de empresas de marketing esportivo entre 2012 e 2015, quando esteve à frente da CBF, filiada à Fifa. Em troca, as empresas recebiam os direitos de transmissão e marketing de campeonatos. Marin foi inocentado de uma acusação de lavagem de dinheiro na Copa do Brasil.

A pena para os seis crimes pelo quais foi condenado, que será estipulada num julgamento posterior, pode chegar a 120 anos de prisão. Marin deve recorrer da condenação.

Além de Marin, o ex-presidente da Conmebol Juan Angel Napout foi condenado no mesmo julgamento. O paraguaio foi considerado culpado de três acusações: organização criminosa e fraude financeira em contratos da Copa América e da Libertadores.

Escândalo de corrupção na Fifa

Em 2015, a Justiça americana revelou o maior escândalo de corrupção na história do futebol.  Em maio daquele ano, às vésperas de um congresso anual da Fifa, a polícia suíça prendeu, em Zurique, sete altos dirigentes do futebol mundial, entre eles Marin.

A operação foi realizada a pedido do Departamento de Justiça americano. O grupo era acusado nos EUA de ter recebido milhões de dólares em propina ao longo das últimas décadas.

A Justiça dos Estados Unidos acusou os cartolas de lavagem de dinheiro, fraude e extorsão em esquemas que estariam em funcionamento desde a década de 1990. Para justificar a extradição dos detidos, o Ministério suíço da Justiça afirmou que os crimes teriam sido acertados nos EUA, e os pagamentos foram realizados através de bancos americanos.

Marin, que presidiu o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, no entanto, só aceitou ser extraditado para os EUA no final de outubro de 2015. Desde então, ele cumpria prisão domiciliar em seu apartamento de luxo em Manhattan.

CN/afp/rtr/ots

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