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Crimes da ditadura

22 de janeiro de 2010

Justiça alemã emite ordem de prisão contra o ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla. O ex-ditador é acusado do assassinato de um cidadão alemã durante o regime militar na Argentina.

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Videla foi chefe da junta militar de 1976 a 1981Foto: AP

A Justiça alemã emitiu uma ordem de detenção contra o ex-presidente da junta militar da Argentina, Jorge Rafael Videla, acusado de assassinato de um cidadão alemão durante a ditadura militar do país sul-americano, divulgou nesta sexta-feira (22/01) um porta-voz da Justiça alemã.

Também foi emitida uma ordem internacional de captura para assegurar a detenção de Videla, caso ele deixe a Argentina, disse o porta-voz.

O caso havia sido arquivado em 2007, porque a Justiça argentina se recusou a extraditar Videla, mas foi retomado em fins de dezembro passado, depois da identificação do cadáver do cidadão alemão Rolf Stawowiok, que havia sido enterrado como uma pessoa não identificada numa fossa comum em Buenos Aires.

A promotoria pública acusou Videla, líder da junta militar entre 1976 e 1981, de assassinato e desaparecimento de opositores ao seu regime. Organismos de direitos humanos atribuem à ditadura militar a morte de cerca de 30 mil pessoas entre 1976 e 1983.

Stawowiok foi sequestrado em 21 de fevereiro de 1978 por um grupo ligado à ditadura. Tinha 20 anos e militava na Juventude Peronista.

O ex-ditador foi condenado à prisão perpétua em 1985 por violações dos direitos humanos durante a ditadura, mas foi anistiado em 1990 pelo então presidente Carlos Menem.

Em 1998 voltou à prisão, de onde logo saiu por causa da idade, mas perdeu esse privilégio em outubro de 2008, quando foi transferido para a prisão da base militar de Campo de Mayo.

AS/dpa/rtr

Revisão: Carlos Albuquerque