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Jornalista da DW é agredido pela polícia da Nigéria

25 de junho de 2017

Detenção e agressão são repudiadas pela rede alemã, que pede para que os policiais envolvidos respondam por seus atos

https://p.dw.com/p/2fM8F
Ibraheema Yakubu
O jornalista Ibraheema Yakubu em foto publicada pela imprensa nigerianaFoto: privat

O correspondente da Deutsche Welle (DW) Ibraheema Yakubu foi preso e agredido por policiais na última sexta-feira (23/06) enquanto fazia a cobertura de uma procissão de muçulmanos xiitas em Kaduna, no norte da Nigéria.

A DW enviou uma nota ao ministério da Informação da Nigéria e a assessores do gabinete da Presidência classificando o episódio como um "incidente abominável". Yakubu estava creditado como jornalista para o serviço em língua hauçá da rede alemã e se identificou como tal para as forças policiais. Ainda assim, as autoridades decidiram prender o jornalista. 

Segundo veículos da imprensa da Nigéria, Yakubu foi preso com outras pessoas quando o evento religioso começou a registrar incidentes entre participantes e moradores locais. Ele foi solto horas depois após pagar fiança e relatou ter sido agredido por policiais depois da sua detenção. Seu equipamento também foi danificado propositalmente pelos policiais.

Nigeria
A cidade de Kaduna, onde Ibraheema Yakubu foi agredido e preso

Dois jornais nigerianos, o News Express e o Premium Times, afirmaram que não obtiveram qualquer resposta da polícia quando enviaram perguntas sobre a agressão.

A DW pede que as autoridades nigerianas retirem todas as acusações contra Yakubu.

"Uma declaração oficial de desculpas pelas autoridades policiais é definitivamente necessária. E nós esperamos que a substituição do equipamento profissional que foi destruído seja assumida pelas autoridades nigerianas", disse a DW na nota enviada ao governo. "Nós esperamos que a liberdade de imprensa seja respeitada no país. Esse tratamento das autoridades nigerianas a um jornalista creditado é absolutamente inaceitável","

O episódio da agressão contra Yakubu foi também relatado ao Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, à União Nigeriana de Jornalistas e ao Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), baseado em Nova York.

JPS/et