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Itália investiga possível falha humana em colisão de trens

14 de julho de 2016

Autoridades italianas acreditam que erro humano pode ter sido causa da tragédia que deixou 23 mortos e 52 feridos no sul do país. Governo promete 1,8 bilhão de euros para modernização de linhas regionais antiquadas.

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Trens colidiram nesta terça na região de Apúlia, no sul da Itália
Trens colidiram nesta terça na região de Apúlia, no sul da ItáliaFoto: picture-alliance/AP Photo/L. Turi

Autoridades italianas investigam se uma falha humana teria sido a causa da colisão de dois trens no sul do país. A tragédia numa zona rural da região de Apúlia deixou ao menos 23 mortos e 52 feridos, informaram autoridades regionais nesta quarta-feira (13/07).

O acidente ferroviário ocorrido nesta terça-feira é um dos piores da história da Itália. Dois trens que trafegavam a 100 quilômetros por hora no mesmo trilho colidiram frontalmente entre as cidades de Corato e Andria. Após especulações, o presidente da região de Apúlia esclareceu que não há desaparecidos.

O ministro italiano de Infraestruturas e Transportes, Graziano Delrio, criou uma comissão de investigação para investigar os motivos da tragédia.

Veja imagens da colisão de trens no sul da Itália

Delrio reconheceu, em audiência com parlamentares na Câmara dos Deputados em Roma, que a via de 37 quilômetros de extensão conta apenas com um sistema de comunicação telefônica.

"Infelizmente um sistema como esse, de monitoramento telefônico, que deixa totalmente a um ser humano a possibilidade de uma intervenção, é considerado hoje um risco", afirmou.

O ministro destacou que a Alemanha usa um sistema de controle automático de circulação ferroviária, que é aplicado em boa parte da linha nacional de trens na Itália. Mas em Apúlia, onde circulam trens regionais, usa-se o sistema antigo. O trecho entre as cidades de Bari e Barletta é administrado pela empresa privada Ferrotramviaria.

A tragédia gerou debates na Itália sobre investimentos na segurança de linhas ferroviárias e maiores investimentos em tecnologia. O governo prometeu disponibilizar 1,8 bilhão de euros para modernizar as ferrovias regionais antiquadas.

KG/efe/rtr