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Itália suspende extradição de Pizzolato

7 de maio de 2015

Tribunal adia decisão do ministro da Justiça italiano após defesa do brasileiro apresentar recurso. Caso segue para Conselho de Estado, que determinará se condenado no mensalão pode cumprir pena no país europeu.

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Foto: picture-alliance/epa/Interpol

O Tribunal Administrativo Regional do Lácio, na Itália, suspendeu nesta quarta-feira (07/05) a extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado por participar do mensalão.

A decisão foi tomada após a defesa do brasileiro apresentar recurso contra o parecer favorável à extradição, dado pelo ministro italiano da Justiça, Andrea Orlando, no final de abril. O tribunal regional marcou agora uma audiência para o próximo dia 3 de junho para discutir o caso. Até então, Pizzolato ficará na Itália, segundo o advogado Alessandro Sivelli.

A defesa afirma que pediu o recurso por não ter tido acesso a documentos fornecidos pelo governo brasileiro que levaram o ministro da Justiça italiano a decidir pela extradição. Sivelli também destaca que uma lei aprovada no Parlamento italiano recentemente permite que cidadãos do país europeu condenados no exterior cumpram pena na Itália.

Caso o tribunal administrativo acate o recurso, o processo seguirá para o Conselho de Estado, que definirá se o brasileiro pode cumprir a pena no país.

Após ser condenado no processo do mensalão em 2013, Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália com um passaporte falso. Ele seria extraditado para o Brasil para cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato.

Em fevereiro de 2014, o brasileiro foi detido na cidade italiana de Maranello, devido à documentação irregular. Ele foi solto em outubro último, após um tribunal de Bolonha negar a extradição e permitir que ele respondesse em liberdade.

LPF/lusa/abr