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Suborno na MAN

12 de maio de 2009

Promotoria de Munique investiga envolvimento de mais de 100 pessoas em um suposto sistema de subornos na fabricante de veículos pesados e de motores MAN.

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MAN: acusações de pagamento de gratificaçõesFoto: AP

O escândalo de corrupção na fabricante alemã de caminhões e motores de grande porte MAN começa a tomar proporções cada vez maiores. Nesta segunda-feira (11/05), a Promotoria Pública de Munique confirmou que já há mais de 100 implicados nas investigações. Dois foram presos sob suspeita de participar de um sistema de subornos na empresa, informou a Promotoria Pública de Munique.

Segundo a agência de notícias DPA, entre os suspeitos estão funcionários da divisão de distribuição e vendas do grupo, assim como possíveis receptores dos pagamentos ilegais.

Na semana passada, realizaram-se operações policiais em todo o país, a fim de se encontrarem indícios que provem a suspeita de um amplo sistema de subornos para incentivar as vendas de caminhões e ônibus em toda a Alemanha. Além disso, as autoridades também suspeitam uma fraude fiscal. Como consequência, a MAN anunciou investigações internas para apurar as acusações referentes a pagamentos ilegais ocorridos entre 2002 a 2009.

Empresas de fachada no exterior

Segundo o procurador-geral de Munique, Manfred Nötzel, os vendedores de caminhões das filiais da MAN fizeram pagamentos a funcionários de clientes. Essas "comissões" foram, em parte, depositadas em contas de familiares ou amigos dos beneficiados, segundo a acusação.

Somente na Alemanha, entre 2002 e 2005, estes pagamentos devem ter chegado a um volume de um milhão de euros. No exterior, os subornos no montante de 15 milhões de euros foram realizados em dinheiro vivo ou através de empresas de fachada com sede em Malta, nas Bahamas, Ilhas Virgens, Chipre, Londres e Nova York.

A MAN admitiu ter descoberto, há dois anos, o pagamento de subornos para impulsionar as vendas de caminhões. A empresa alega ter proibido essa prática e demitido alguns funcionários na época.

RW/dpa/ap

Revisão: Simone Lopes