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Internet sem "cookies" causará grandes prejuízos

Assis Mendonça16 de novembro de 2001

A União Européia estuda a possibilidade de uma restrição no uso dos chamados "cookies" na internet. O setor publicitário teme vultosos prejuízos com a medida.

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A Interactive Advertising Bureau (IAB), entidade britânica que defende os interesses relacionados com a publicidade comercial online, considera ameaçada a existência dos chamados cookies (tradução literal: "bolachas") na internet, em decorrência de uma diretriz planejada pela Comissão da União Européia. Segundo a IAB, os cookies são um instrumento indispensável não só para as firmas que veiculam anúncios através da internet, mas também para um funcionamento perfeito do e-commerce, facilitando aos usuários as compras e encomendas pela rede mundial de computadores.

Os cookies são pequenas "anotações" deixadas no micro do usuário que visita um determinado site na internet: quando ele retorna ao site, as suas preferências e dados básicos já estão registrados no cookie e são imediatamente reconhecidos pelo browser (Internet Explorer, Netscape, Opera etc.). Em geral, os usuários não percebem a colocação do cookie, nem as consultas posteriores.

Na opinião da IAB, uma proibição do uso de cookies, como a que está sendo planejada pela Comissão da UE, resultaria num prejuízo anual da ordem de mais de 300 milhões de euros (o equivalente a cerca de 670 milhões de reais) para o setor publicitário. A entidade iniciou, por isto, uma campanha com o lema "Save our cookies". Da sua parte, a União Européia considera a utilização das "bolachas" como uma ameaça potencial de abuso no processamento de dados pessoais e pretende, no mínimo, restringi-las para garantir uma proteção maior à privacidade. No seu parecer sobre a questão, o Parlamento Europeu classificou os cookies como instrumentos de espionagem. Os deputados pretendem introduzir a obrigatoriedade de aceitação explícita pelo usuário, antes que qualquer cookie seja "depositado" no micro de um visitante.