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Inglaterra vai ao Brasil de olho em 2018

Philip Verminnen8 de junho de 2014

Com sete jogadores com menos de 23 anos de idade, técnico Roy Hodgson promoveu uma reformulação na seleção. Mas Rooney, Gerrard e Lampard continuam sendo os principais nomes do time que vai ao Mundial.

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Foto: picture-alliance/dpa

Antes do sorteio dos grupos da Copa do Mundo, Roy Hodgson, treinador da Inglaterra, havia declarado que preferia estar no "grupo da morte" a jogar na escaldante Manaus. Os Three Lions não só tiveram o "azar" de dividir o Grupo D com os campeões mundiais Uruguai e Itália, como vão fazer a estreia contra os italianos justamente na capital amazonense.

Um grupo tão complicado teoricamente requer a experiência de atletas acostumados com grandes competições, mas Hodgson preferiu apostar em uma seleção jovem. E por mais que essa seja a última Copa do Mundo do ícones Frank Lampard e Steven Gerrard e, consequentemente, a última chance para conquistar um título com a equipe nacional, Hodgson deixa claro com sua convocação que ele valoriza mais a Copa de 2018 do que a atual.

A média de idade dos convocados é de 26 anos, e sete atletas têm menos de 23 anos de idade – o Brasil, por exemplo, tem média de idade de 28 anos. Nomes como Luke Shaw (lateral-esquerdo), Chris Smalling (zagueiro), Ross Barkley (meia), Jordan Henderson (meia), Raheem Sterling (meia-atacante), Jack Wilshere (meia) e Daniel Sturridge (atacante) fizeram uma temporada de destaque e formam o futuro da seleção inglesa.

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Steven Gerrard, capitão da Inglaterra e com 34 anos, provavelmente jogará sua última Copa do MundoFoto: Reuters

Muitos deles não somam nem dez partidas pela Inglaterra e já carregam o peso de uma nação inteira apaixonada por futebol e que sabe que precisa vencer a tetracampeã mundial Itália na estreia.

Individualmente a Inglaterra possui nomes de alto nível em seu elenco. Uma das posições mais problemáticas nas últimas duas décadas, a de goleiro, conseguiu, com Joe Hart, uma segurança que não se sentia desde os tempos de Peter Shilton. Na defesa, Leighton Baines é há anos o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Inglês, a liga mais valiosa do mundo.

No miolo de zaga, Gary Cahill e Phil Jagielka são fracos tecnicamente, mas dificilmente perdem uma divida, principalmente de cabeça. E Glen Johnson, na direita, é provavelmente o ponto fraco, mas não compromete. Em comparação com a Copa anterior, a defesa inglesa perdeu em qualidade. Além de Terry e Cole, Rio Ferdinand fazia parte do time na África do Sul.

No meio-campo, a regência está com Lampard e Gerrard. O meia do Liverpool deve ser recuado para a posição de primeiro volante, como atuou nessa temporada pelo cube inglês. A dúvida é quem deve apoiar Lampard nas articulações das jogadas. Jack Wilshere, do Arsenal, parece ter garantido a sua vaga, mas a disputa pelo quarto homem do meio-campo está aberta. Se Roy Hodgson quiser um volante mais experiente, vai de James Milner. Caso prefira alguém mais ofensivo, pode arriscar com Adam Lallana. Mas se pretende formar uma linha de três volantes, a tendência é que Jordan Henderson seja o escolhido.

Em último caso, o Hodgson pode recuar Raheem Sterling, mas o treinador enxerga o jovem talento do Liverpool muito mais como segundo atacante do que propriamente um armador de jogadas. No ataque, Wayne Rooney tem a sua vaga cativa e seu companheiro deve ser Daniel Sturridge, do Liverpool.

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Frank Lampard se despediu do Chelsea e provavelmente também não estará mais com a seleção após o MundialFoto: picture-alliance/dpa

O potencial deste time inglês é enorme, mas provavelmente a maturidade como equipe deve aparecer apenas na próxima Eurocopa ou no Mundial na Rússia. Vale a pena jogar uma Copa fora para fazer uma renovação na seleção, apostando em resultados futuros? Ou será que esse sangue novo vai surpreender e levar a Inglaterra a voos altos nessa Copa?

A principal questão a ser trabalhada por Hodgson é fazer esse meio-campo inglês, que praticamente mal jogou junto, funcionar. E talvez uma seleção inglesa com menos estrelas e competições entre egos vá fazer bem. Diferente de outros Mundiais, o comando na seleção está bem claro: Gerrard, Lampard e Rooney.

Depois da estreia contra a Itália em Manaus, em 14 de junho, os ingleses viajam até São Paulo para o confronto contra a seleção uruguaia, no dia 19, e completa a participação na fase de grupos no dia 24, contra a Costa Rica, em Belo Horizonte.

O sucesso inglês vai depender, e muito, de como os jovens dessa equipe vão se sentir em uma Copa do Mundo. Gerrard e Lampard, certamente, não vão querer encerrar as suas participações em Mundiais com um amistoso de luxo contra a Costa Rica.

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Wayne Rooney é a principal esperança de gols. A Copa no Brasil será a terceira do atacante do Manchester UnitedFoto: imago/Sportimage

Os 23 convocados:

Goleiros:
Joe Hart (Manchester City)
Ben Foster (West Bromwich)
Fraser Forster (Celtic/ESC)

Defensores:
Phil Jagielka (Everton)
Glen Johnson (Liverpool)
Luke Shaw (Southampton)
Gary Cahill (Chelsea)
Phil Jones (Manchester United)
Leighton Baines (Everton)
Chris Smalling (Manchester United)

Meias:
Ross Barkley (Everton)
Jack Wilshere (Arsenal)
Jordan Henderson (Liverpool)
Adam Lallana (Southampton)
Steven Gerrard (Liverpool)
Frank Lampard (Chelsea)
James Milner (Manchester City)
Alex Oxlade-Chamberlain (Arsenal)

Atacantes:
Rickie Lambert (Southampton)
Daniel Sturridge (Liverpool)
Danny Welbeck (Manchester United)
Wayne Rooney (Manchester United)
Raheem Sterling (Liverpool)