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Hungria enfrenta primeiros protestos violentos desde a queda do comunismo

19 de setembro de 2006
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Os protestes contra o primeiro-ministro húngaro Ferenc Gyurcsany, em Budapeste, na noite desta segunda (18/09), foram os mais violentos desde a derrocada do comunismo e o estabelecimento da democracia no país, no final da década de 1980.

A polícia húngara entrou em confronto com manifestantes que, após um protesto, invadiram a sede da televisão estatal e forçaram a suspensão das transmissões. As chamas de carros também atingiram o edifício da emissora. Pelo menos 150 pessoas, entre elas policiais, foram feridos no confronto.

Os protestos, que também já atingiram outras cidades da Hungria, começaram após a publicação de uma gravação em que Gyurcsany admitia ter mentido sobre os números do déficit estatal e escondido os planos de cortes radicais dos gastos públicos, para garantir sua reeleição em abril passado.

Cerca de 10 mil pessoas reuniram-se na noite desta segunda-feira diante do Parlamento para exigir a demissão do primeiro-ministro socialista. Os manifestantes gritavam o número "56" em alusão ao ano, no século passado, em que população húngara se rebelou contra o regime pró-soviético – movimento que acabou sendo esmagado por Moscou.