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Homem-bomba de Bruxelas foi detido na Turquia, diz Erdogan

23 de março de 2016

Presidente turco afirma que um dos suicidas foi detido no país e deportado para a Holanda. Lá, foi liberado porque a Bélgica "não conseguiu comprovar suas ligações com o terrorismo", assegura.

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Imagem divulgada pelas autoridades belgas mostra homem identificado como sendo Ibrahim El Bakraoui
Imagem divulgada pelas autoridades belgas mostra homem identificado como sendo Ibrahim El BakraouiFoto: picture-alliance/epa/Belgian Federal Police

As autoridades turcas detiveram e deportaram para a Holanda, em julho de 2015, um dos homens-bomba envolvidos nos atentados em Bruxelas, afirmou nesta quarta-feira (23/03) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

"Um dos autores dos ataques de Bruxelas é um homem que detivemos em junho de 2015 em Ganziatep e que foi deportado. Informamos a embaixada belga sobre a deportação em 14 de julho. A Bélgica o deixou solto", afirmou Erdogan, em Ancara. Ganziatep é uma província perto da fronteira com a Síria.

"Apesar das nossas advertências de que aquela pessoa era um combatente estrangeiro, a Bélgica não conseguiu determinar as suas ligações com o terrorismo", continuou o presidente. Autoridades belgas não comentaram as declarações.

Um alto funcionário do governo turco especificou que o homem-bomba é Ibrahim El Bakraoui, identificado pelas autoridades belgas como um dos homens que se suicidou no aeroporto internacional de Bruxelas. Segundo o funcionário, El Bakraoui foi deportado para a Holanda e liberado pelas autoridades depois de a Bélgica não conseguir provar que se tratava de um terrorista.

Imagens dos suspeitos do ataque ao aeroporto de Bruxelas

Entre 2011 e junho de 2015, a Turquia deteve e deportou mais de 2.700 suspeitos, a maior parte dos quais europeus, que tentavam entrar na Síria para se juntar ao grupo extremista Estado Islâmico. Aqueles deportados ficam, por norma, em liberdade quando regressam aos seus países de origem.

Os atentados em Bruxelas, que deixaream 31 mortos e 270 feridos, foram reivindicados pelo grupo terrorista "Estado Islâmico".

AS/lusa/dpa/afp/ap