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Combate às armas

11 de dezembro de 2007

Hamburgo implementa legislação federal que permite aos 16 estados alemães proibir porte de armas em locais de alta criminalidade. Transgressores da nova lei podem levar multa de até 10 mil euros.

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Reeperbahn é palco de violência principalmente nos finais de semanaFoto: dpa

A zona boêmia de Reeperbahn e a praça Hansaplatz, conhecidas pelos seus altos índices de criminalidade em Hamburgo, foram interditadas a partir desta terça-feira (11/12) para o porte e o uso de armas.

"Com isso, somos o primeiro estado alemão a implementar uma mudança na lei federal sobre porte de armas", disse o secretário de Segurança da cidade-estado, Udo Nagel.

Após uma série de violentas brigas com uso de armas leves em Hamburgo, o Parlamento alemão aprovou em setembro passado uma emenda à lei sobre porte de armas que permite aos 16 estados criar zonas desarmadas em locais onde repetidamente tenham ocorrido crimes ou onde haja elevado risco de que estes ocorram.

Em 2006, a maioria dos crimes registrados em Hamburgo ocorreram na regiões de Reeperbahn e Hansaplatz, onde, sobretudo nos finais de semanas, brigas entre gangues armadas causam ferimentos e mortes por armas de fogo e facas.

Multa pesada

Nessas duas áreas passa a ser proibido portar armas ou objetos perigosos, como facas, punhais, cassetetes, tacos de beisebol, bem como sprays de pimenta ou de outras substâncias agressivas, que podem ser adquiridos legalmente por pessoas acima de 18 anos.

Uma exceção é feita para um tipo de spray relativamente inofensivo para defesa de mulheres, informou Nagel. Quem transgride a proibição corre o risco de ter de pagar uma multa de até 10 mil euros.

"A proibição do porte de armas é mais uma contribuição para a segurança da população na cidade", disse o secretário. Com a mudança na legislação, finalmente temos a possibilidade de agir contra a violência em áreas de alto risco, acrescentou.

Oposição insatisfeita

A oposição em Hamburgo não está satisfeita com a proibição do porte de armas restrita à Reeperbahn e à Hansaplatz. A líder da bancada verde na Assembléia Legislativa, Antje Möller, pediu mais esforços para desarmar a cidade.

Ela sugeriu uma ampla campanha pública de repúdio ao porte de armas, especialmente dirigida aos jovens. A bancada social-democrata classificou Nagel, da União Democrata Cristã, de "ativista de última hora".

Nagel justificou que a lei não permite proibir o porte de armas em toda a cidade porque ela não preencheria os critérios de "zona especial" definidos na legislação. (gh)