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Grécia adia entrega de lista com reformas econômicas

23 de fevereiro de 2015

Atenas perde prazo e posterga para terça-feira envio de documento com propostas para reorganizar a economia do país. Aprovação dos ministros das Finanças da zona do euro é condição para extensão do programa de resgate.

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O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis: ele culpa os credores pelo atrasoFoto: Getty Images/AFP/E.Dunand

Atenas perdeu o prazo e adiou o envio de uma lista com propostas de reformas econômicas para os ministros das Finanças da zona do euro. A apresentação do documento, que tinha como data-limite esta segunda-feira (23/02), é condição para a extensão de quatro meses do programa de resgate financeiro à Grécia.

"A lista de reformas será enviada amanhã [terça-feira] de manhã para os ministros das Finanças do Eurogrupo", afirmou uma fonte do governo grego.

Segundo a fonte, as medidas contemplariam todas as promessas feitas pelo partido esquerdista Syriza, do primeiro-ministro Alexis Tsipras, antes de sua vitória nas eleições de janeiro.

Se confirmado, isso incluiria, por exemplo: eletricidade gratuita para 300 mil famílias pobres; acesso gratuito ao sistema de saúde; vales-transporte e vales-alimentação; além de ajuda para os cidadãos com aposentadorias pequenas. No entanto, a fonte do governo não detalhou quanto as medidas custariam ao Orçamento público grego.

Outras medidas incluiriam um sistema tributário "mais justo", providências para combater a evasão fiscal, a corrupção e o contrabando de combustível e tabaco, e a reestruturação do serviço público e a redução da burocracia.

Os ministros das Finanças dos 19 países-membros da zona do euro precisam aprovar as medidas antes de concordar em estender os termos do programa de resgate de 240 bilhões de euros da Grécia, que, caso contrário, expirará no sábado.

Governo culpa credores

Para a análise e a aprovação do plano grego, os ministros das Finanças realizarão uma teleconferência nesta terça-feira.

Em entrevista ao canal americano CNN, o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, culpou os credores pelo atraso.

"Não houve nenhum atraso. Estávamos prontos nesta manhã e foi apresentado na hora certa. Foi um pedido do outro lado para que nós não apresentássemos o documento, oficialmente, até amanhã", afirmou Varoufakis.

Diplomatas da União Europeia (UE), no entanto, disseram que o atraso foi devido ao fato de que as informações fornecidas pelo governo grego sobre os planos de reforma não tinham sido convincentes o suficiente. Documentos iniciais de trabalho não passariam pela aprovação, disseram nesta segunda-feira, sob condição de anonimato.

Mais cedo, o tabloide alemão Bild noticiou que Atenas planeja levantar um total de 7,3 bilhões de euros através de medidas fiscais e de anticorrupção. A publicação afirmou que o governo grego pretende angariar 2,5 bilhões com taxações mais elevadas para os ricos do país; outros 2,5 bilhões recuperando impostos não pagos por pessoas físicas e empresas; e 2,3 bilhões combatendo o contrabando de gasolina e cigarros.

PV/rtr/dpa