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Grécia inicia referendo sobre futuro do país

5 de julho de 2015

Quase dez milhões de eleitores são chamados para decidir sobre propostas dos credores. Votação pode definir permanência grega na zona do euro. Tsipras diz que povo enviará mensagem de que é dono do seu destino.

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Foto: Reuters/Jean-Paul Pelissier

Cerca de dez milhões de eleitores foram convocados na Grécia para votar neste domingo (05/07) em referendo que pode definir a permanência do país da zona do euro. Os cidadãos escolhem se aceitam ou não as propostas dos credores internacionais em troca de financiamento para pagar a dívida grega. Os mais de 19 mil locais de votação abriram às 7h (horário local). Os primeiros resultados devem ser conhecidos às 19h locais. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que o povo enviará no referendo uma importante mensagem de que tem "nas mãos as rédeas do seu destino".

"Muitos podem ignorar a vontade do governo. A vontade do povo não", disse Tsipras, depois de ter votado em Atenas, no bairro popular de Kipseli. O primeiro-ministro ressaltou que "hoje, a democracia vence o medo" e "a determinação vence a propaganda do medo".

Numa mesa de voto cheia de câmeras e entre aplausos de cidadãos, Tsipras lançou também uma mensagem pró-europeia, para reforçar que a escolha de hoje é "uma mensagem de determinação, não só para ficar, mas para viver com dignidade na Europa".

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Tsipras deposita seu voto: "hoje, a democracia vence o medo"Foto: Reuters/A. Konstantinidis

"Temos que seguir juntos"

O presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, pediu unidade. "Independentemente do resultado da votação teremos que seguir juntos pelo difícil caminho que nos resta adiante, depois do referendo", afirmou.

O referendo, o primeiro desde 1974, serve para os gregos decidirem se aceitam o programa apresentado pelos credores internacionais (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) há mais de uma semana.

Contudo, esse programa não está mais em pauta, já que Atenas não fez o pagamento de cerca de 1,6 bilhão de euros ao FMI na semana passada.

É exigida uma participação de pelo menos 40% do eleitorado, para que o resultado do referendo seja considerado válido.

MD/lusa/dpa