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Governo grego anuncia acordo sobre medidas de austeridade

9 de fevereiro de 2012

Lideranças dos três partidos da coalizão concordaram com o novo programa de cortes para o país. Agora, a Grécia aguarda pela decisão do Eurogrupo, enquanto sofre pressões da Alemanha para colocar cortes em prática.

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Foto: picture-alliance/dpa

O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, confirmou que as lideranças partidárias do país chegaram a um acordo sobre o novo programa de austeridade. Também a controvérsia envolvendo o corte das aposentadorias teria sido solucionada, informou o gabinete do chefe do governo nesta quinta-feira (09/02).

"As negociações com a Troika relativas ao tema, que ainda estava em aberto, foram concluídas com sucesso nesta manhã", dizia o comunicado. Entretanto, ainda não foi decidido de onde virão os 300 milhões de euros que faltam para completar o volume de cortes exigido da Grécia. Segundo o documento do governo, o acordo sobre o conteúdo do novo programa de austeridade teria em vista a reunião do Eurogrupo na noite desta quinta-feira.

Pacote de resgate e corte da dívida

Primeiramente, a discussão sobre as aposentadorias havia ficado sem solução após a maratona de negociações na madrugada de quarta para quinta-feira. Na noite desta quinta-feira, os ministros de Finanças da zona do euro se encontram em uma reunião extraordinária em Bruxelas, para deliberar sobre as urgentes ajudas bilionárias à Grécia.

O segundo pacote de resgate financeiro para o país compreende cerca de 130 bilhões de euros. Após ter entrado em acordo sobre novas medidas de austeridade – condição para novos créditos –, a coalizão do governo grego aguarda a decisão do Eurogrupo.

O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, declarou nesta quinta-feira que haveria um acordo, em nível de funcionários, entre o governo grego e a chamada Troika, grupo formado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), União Europeia (UE) e Banco Central Europeu (BCE). Esse acordo técnico seria avaliado pelos ministros da zona do euro em Bruxelas, disse Rehn.

Ainda não se sabe se o corte da dívida grega negociado com os bancos será mantido. Também nesta quinta-feira, representantes de instituições financeiras se encontram em Paris para discutir o tema.

Pressão da Alemanha

Enquanto isso, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, pressiona a Grécia a implementar de fato as medidas de austeridade acordadas com investidores internacionais. Algumas ações urgentes estão no papel, mas ainda não foram colocadas em prática, disse Merkel ao jornal alemão Passauer Neue Presse.

A política alemã reiterou a proposta de uma conta especial para a qual as receitas estatais do país altamente endividado devem ser encaminhadas, segundo a visão da Alemanha e da França. Merkel se pronunciou a favor da permanência da Grécia na zona do euro.

LPF/dpa/rtr/afpd
Revisão: Carlos Albuquerque