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França barra subsídios da União Européia à indústria naval

(rw)6 de dezembro de 2001

Alemães lamentam decisão do Conselho de Ministros, que resolveu não denunciar a Coréia do Sul na OMC, nem aprovou subsídios a estaleiros europeus. Comissário europeu da Indústria fala em "situação séria".

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Uma subvenção de 6% teria bastado aos estaleiros alemães para continuarem competindo com os sul-coreanos. Mas a objeção da França na reunião dos representantes da pasta da Economia no Conselho de Ministros da União Européia acabou com as esperanças dos estaleiros de reverterem no próximo ano a má situação do setor, que em 2001 teve apenas 20% da demanda do ano passado.

A França vetou a subvenção, por insistir no auxílio financeiro também na construção de navios-tanque para gás liquefeito. A Comissão de Ministros não aceitou a sugestão, argumentando que faltam provas de dumping dos sul-coreanos neste setor. Este argumento também levou ao adiamento da queixa preparada pela Comissão, diante da Organização Mundial do Comércio.

Atenção para a Espanha

– O encaminhamento do assunto estará nas mãos da Espanha, a partir de janeiro, quando o país assume a presidência rotativa da União Européia. A França alega também ter vetado o subsídio à construção de cargueiros e de navios-tanque porque ele só beneficiaria os alemães e dinamarqueses. A Grã-Bretanha, Holanda, e as nações escandinavas já eram contra de antemão.

Dezembro é um mês importante para os estaleiros, pois os armadores aumentam as encomendas em função do término do ano fiscal. O resultado da reunião do Conselho de Ministros (a Alemanha foi representada por Werner Müller, da Economia) foi conceituado como "frustrante" pelo secretário-geral da Associação Européia de Estaleiros, Reinhard Lüken.

Também o presidente da Federação Alemã da Indústria Naval, Werner Schöttelndreyer, criticou o "egoísmo de países sem interesse pela indústria naval, que não ajudam os parceiros a combater o dumping da Coréia do Sul". Os estaleiros na Alemanha têm 20 mil trabalhadores, somando 80 mil empregos indiretos. Na União Européia, o setor tem cerca de 57 mil operários.