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"Fizemos praticamente os três gols para o adversário"

Marcio Weichert9 de maio de 2002

Técnico do Borussia Dortmund atribui derrota a falhas de sua equipe e lamenta triste despedida de Kohler. Dede foi destaque do time alemão e chorou.

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Éwerthon (à direita em disputa de bola com Rzasa, do Feyenoord) teve atuação apagada em RoterdãFoto: AP

Após consolar seu jogadores em campo depois do apito final, o treinador Matthias Sammer não poupou palavras em responsabilizar sua equipe pela derrota e revelou seus sentimentos após conquistar o Campeonato Alemão e perder a final da Copa da Uefa no espaço de apenas cinco dias.

"Estamos um pouco tristes, claro. No sábado, éramos os grandes heróis. Hoje sofremos uma derrota. Futebol é assim. Nós fizemos praticamente todos os três gols para nosso adversário. Assim é difícil ganhar uma final", comentou Sammer.

O técnico lamentou o pênalti e a expulsão do zagueiro Kohler, de 36 anos, que fez sua última partida como jogador profissional. "Sinto muito por ele. Ele merecia uma despedida diferente", disse.

Fim lamentável

– O próprio Kohler admitiu seu erro na jogada que abriu o caminho para a vitória do Feyenoord. "Pensei demais e, quando agi, já era tarde. Fiz a falta e a expulsão foi absolutamente correta. Sinto muito pela equipe e pelos torcedores. Agora tenho esta mancha em meu currículo. Todo jogador tem de estar preparado para passar por isto", observou.

Naturalmente, o zagueiro imaginava pendurar as chuteiras com outro astral. "Se eu não tivesse cometido a falta, certamente teria saído de campo ao fim do jogo com os torcedores gritando meu nome. É mesmo triste terminar assim", confessou.

Desempenhos

– Dede foi um dos destaques da equipe alemã na partida. Firme na defesa e peça importante no meio e no ataque, o brasileiro chorou ao fim do jogo no ombro do técnico. Evanílson teve muita garra e deu velocidade ao time, mas pecou na marcação. Herói da conquista do título alemão, Éwerthon teve nesta final atuação pálida e acabou substituído, enquanto Amoroso ao menos mostrou nervos numa partida de tudo ou nada. Cavou o pênalti e teve tranqüilidade para cobrá-lo num momento importante.

Na equipe do Borussia, destacaram-se ainda a dupla tcheca Rosicky e Koller. Ambos foram perigosos quase o tempo todo. Na defesa, difícil avaliar os zagueiros que tiveram de suprir a falta de Kohler. Por parte do Feyenoord, inegável o papel decisivo da dupla Van Hooijdonk e Tomasson.

Retrospecto

– Assim como a equipe alemã, o time holandês chegou à Copa da Uefa depois de fracassar na Liga dos Campeões. Na principal competição européia de clubes, o Feyenoord caíra no mesmo grupo do campeão Bayern de Munique. Só venceu uma partida (a última, sobre o Spartak Moscou), ficou em terceiro lugar e obteve o direito de transferir-se para a Copa da Uefa.

Nesta, o time que tem dois Leonardos brasileiros passou invicto pelas cinco etapas de disputou. Para chegar e vencer a final contra o Borussia Dortmund, o Feyenoord despachou o alemão Freiburg, o escocês Glasgow Rangers, o também holandês PSV Eindhoven e a italiana Inter de Milão, de Ronaldinho.