Fischer abre conferência sobre Afeganistão em Bonn
27 de novembro de 2001Joschka Fischer fez um apelo às principais forças políticas do Afeganistão que aproveitem a oportunidade histórica e assumam a responsabilidade pelo futuro de seu país. Na abertura da conferência sobre os destinos do Afeganistão, Joschka Fischer lembrou que os afegãos anseiam "paz e estabilidade, depois de mais de duas décadas de conflitos terríveis".
Ao mesmo tempo, o ministro alemão das Relações Exteriores acenou com a possibilidade de ajuda ao país. Ressaltou, entretanto, que para isso a comunidade internacional espera o consenso político e um governo de transição com o respaldo da maioria da população.
A necessidade de respeito aos direitos humanos no Afeganistão também foi salientada pelo ministro, referindo-se principalmente aos direitos da mulher. Outra condição para a ajuda ao país é a garantia da segurança, caso contrário a população doente e faminta não poderá ser ajudada, destacou o ministro alemão, que acrescentou: "A paz e a estabilidade no Afeganistão irão refletir-se em toda a região".
Berlim vai ajudar com 80 milhões de euros
Fischer frisou que, em vista do reordenamento político no Afeganistão, a Alemanha pretende abrir um novo capítulo nas suas relações com aquele país. Para isso, o governo de Berlim vai destinar 80 milhões de euros para a reconstrução principalmente de escolas e prédios administrativos, assim como a reintegração de mulheres e meninas na sociedade.
A conferência, no palácio de Petersberg, em Bonn, é chefiada por Lakhdar Brahimi, das Nações Unidas, e tem a participação de 32 representantes de facções afegãs e 11 mediadores da ONU. A Alemanha é apenas a sede da conferência, que não tem data definida para encerrar.