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Finlândia condena ataque a ônibus com refugiados

25 de setembro de 2015

Primeiro-ministro afirma que ameaças e violência são inaceitáveis. Grupo de 40 pessoas lançou pedras e fogos de artifício contra veículo que transportava requerentes de asilo a um abrigo no sul do país.

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No sábado, cerca de 500 pessoas formaram um muro simbólico na fronteira da Finlândia com a SuéciaFoto: picture-alliance/dpa/LEHTIKUVA/J. Nukari

O governo da Finlândia condenou nesta sexta-feira (25/09) um protesto de teor racista contra refugiados na cidade de Lahti, no sul do país.

No início da madrugada, cerca de 40 manifestantes atacaram com pedras e fogos de artifício um ônibus que transportava requerentes de asilo a um novo centro de acolhida, a maioria famílias com crianças.

Um dos participantes do protesto vestia um capuz semelhante ao do grupo racista americano Ku Klux Klan e agitava uma bandeira da Finlândia. Alguns portavam tochas acesas. O grupo também atirou pedras contra voluntários da Cruz Vermelha. Ninguém se feriu.

No Twitter, o primeiro-ministro finlandês, Juha Sipila, escreveu que "ameaças e violência contra requerentes de asilo e migrantes são absolutamente inaceitáveis". O governo da Finlândia afirmou que esse tipo de comportamento é "indefensável".

Duas pessoas foram detidas, afirmou a polícia. "Os manifestantes são jovens de Lahti. Até então, não tínhamos nenhuma indicação de que eles se organizavam de alguma forma", disse o inspetor chefe, Martti Hirvonen.

Ainda na noite desta quinta, um homem de 50 anos foi detido depois de lançar uma bomba num abrigo de emergência para refugiados. O fogo foi extinto rapidamente e ninguém ficou ferido.

No último sábado, 500 pessoas formaram um muro simbólico na cidade de Tornio, na fronteira da Finlândia com a Suécia, em protesto contra a chegada de migrantes.

A Finlândia tem recebido um fluxo intenso de requerentes de asilo, a maioria vinda do Iraque. Neste ano, o país deve receber 30 mil pedidos de asilo, ante cerca de 3,5 mil em 2014. O país se absteve sobre a aprovação da proposta da União Europeia de realocação de 120 mil refugiados entre os países-membros.

KG/afp/ap/rtr