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FIM DA ENERGIA NUCLEAR GANHA FORÇA NO GOVERNO MERKEL

2 de abril de 2011

Fim da energia nuclear, crise em Fukushima, etanol brasileiro, Alemanha, as ações militares na Líbia e a participação alemã em Angra 3 foram os temas comentados por nossos leitores esta semana.

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Foto: picture-alliance/ dpa

Um antigo slogan ambientalista lembra que é melhor "ser ativo hoje para não ser radiativo amanhã". As usinas nuclares, que foram vendidas como fortalezas indevassáveis, acima de qualquer suspeita, vêm decepcionando a opinião pública e fazendo vitimas há muito tempo. Tchernobyl em 1986, Fukushima em 2011 são apenas as mais graves.

A ONG Greenpeace, em seu site brasileiro, lembra que: "Vários outros acidentes nucleares já ocorreram no Japão nos últimos anos. Em 1999, na usina de Tokaimura, dois trabalhadores foram mortos quando faziam uma mistura de material radioativo em um balde. Muitos outros foram feridos e centenas de civis foram impactados com a radiação. Em 1997, também em Tokaimura, uma explosão lançou gás radioativo na atmosfera. Em 1995, um acidente com o reator causou o fechamento da usina de Monju. Na mesma usina de Mihama, já houve um sério vazamento de radioatividade em 1991".

Afirma também que o "Greenpeace Brasil realizou uma ação na semana passada em Brasília, denunciando a falta de segurança nuclear no país e também o descaso do governo com as vítimas do pior acidente radiológico do mundo: o do Césio 137 em Goiânia, em 1987. Até hoje, as pessoas afetadas não foram devidamente indenizadas e continuam sem auxílio adequado do governo brasileiro".

Em pleno século 21, quando tanto se fala em uma sociedade autosustentável, deve-se mudar o paradigma do que seja progresso e crescimento econômico, substituindo a concorrência entre países pela cooperação internacional. Os lobbies que vendem grandes usinas hidrelétricas, que causam tanto impacto negativo ao meio ambiente e, especialmente, a energia gerada pela destruição de átomos devem ser substituídos pela energia solar, eólica, etc.

Num mundo em que o conhecimento tecnológico avança quase à velocidade da luz, poderemos sonhar com uma nova era de convivência harmoniosa com o único planeta habitável entre milhões de corpos celestes? A Alemanha parece estar na vanguarda, nessa direção.
José Azevedo

É muito complicado para um país mudar sua principal fonte de energia da noite para o dia. Sua economia poderia direta ou indiretamente ser afetada. Porém, um ponto positivo que poderia haver nessa mudança seria o aumento do uso de energias renováveis, como o biodiesel e o etanol da cana-de-açúcar. Com isso, o Brasil teria um aumento na produção e o comércio externo, que já é forte, cresceria ainda mais, fortalecendo a economia brasileira.
Helcio Dias

Para o bem do povo alemão, deveriam nem ter construído esses reatores, pois seus efeitos são catastróficos. Alemães, defendam-se! Desliguem todos os reatores nucleares e invistam em fontes renováveis!
Christian Porschekd

DESASTRE EM FUKUSHIMA

Devemos ver isso como um exemplo e buscar formas mais naturais e corretas de energia. O mundo tem que repensar o que estamos fazendo com o nosso planeta e com nós mesmos.
Gilmar Barboza Pereira

Como a Deutsche Welle informa todos os dias, o Japão está numa situação muito difícil. Duas semanas depois do terremoto, o número de vítimas ainda está aumentando e muitas pessoas foram evacuadas das regiões afetadas. Falta energia e, mesmo na cidade de Tóquio, está muito escuro à noite, porque estamos economizando a energia elétrica, desligando a luz.

No entanto, acredito que nós conseguiremos nos recuperar desta situação, como sempre conseguimos. As pessoas evacuadas e que estão vivendo temporariamente em edifícios de escolas, por exemplo, estão colaborando muito e muitos voluntários estão ajudando.

Muitas pessoas têm medo da radioatividade, mas queria tomar as minhas decisões baseando-me nas informações corretas, em vez de fofocas. Não queria cometer exageros tendo medo sem razão. Se não tiver problemas, compro os legumes, porque se eu parar de comprar produtos agrícolas, os produtores vão perder empregos e assim fica mais difícil a reconstrução da vida.

A empresa de energia elétrica de Tóquio está fazendo o corte de energia planejado quase diariamente. É difícil viver sem energia em Tóquio, mas se pensarmos na dor das pessoas afetadas, essa inconveniência é quase nada. Queremos nos recuperar dessa situação, colaborando, assim, com os outros. O Japão está recebendo muito apoio de vários países, incluindo países que também precisam de ajuda. Realmente, somos dependentes uns dos outros...
Satchiko Taked (Japão)

ETANOL BRASILEIRO

O que você acha da resistência alemã à adoção de biocombustíveis? Eu acho que a indústria automobilística alemã não quer nem pensar em pagar royalties à VW & Bosch pelo uso da tecnologia flex. Acho também que se trata de diminuir a dependência do petróleo do Oriente Médio para introduzir uma pequena dependência de etanol brasileiro, transferindo ao Brasil o ônus do aumento no preço dos alimentos e encarecimento as terras.
Lyndon C. Storch Jr.

OPERAÇÕES MILITARES NA LÍBIA

Nem eu nem parentes e amigos – brasileiros descendentes de alemães – vimos a posição da Alemanha como sendo de "incoerência" ou de afronta aos interesses da UE. Pelo contrário! Mostrou-se soberana em não compactuar com uma decisão que nada mais é do que promover a guerra. A verdadeira intenção do grupo de coalizão (capitaneado pelos EUA) está protegida pelo manto de um discurso artificial já bem conhecido. Estamos orgulhosos de ver que a Alemanha se recusou a participar desse "teatro" que só tem como objetivo ampliar a dominação e subjugação dos povos e fazer crescer o imperialismo pela exploração das riquezas (petróleo) daquele país (e dos vizinhos). O mundo precisa evoluir!
Marta Elisabeth Sigwalt Raldes

ANGRA 3

Não importa o quanto os governos se previnam quanto à segurança das novas usinas nucleares a serem construídas, o fato é que essa "energia" é extremamente tóxica, visto que produz o lixo nuclear, que não pode ser reciclado, reutilizado ou destruído, o que, por si só, já seria motivo suficiente para serem paralisadas as construções de novas usinas no mundo todo.

Ainda tem o fator monetário, a energia produzida pelas usinas é muito pouca, principalmente se compararmos com os resíduos tóxicos e os riscos de acidentes nucleares. Mas aí é a população que tem que se unir e, literalmente, mandar o governo parar a construção de Angra 3 e desativar as demais usinas nucleares.
Marine Fiaux

Países que não dominam a tecnologia e/ou enfrentam desequilíbrio nas finanças públicas sempre terão usinas de risco. Pela demora nas instalações/edificações sempre acionarão usinas "desatualizadas", de vida útil mais curta. E se não há "finanças saudáveis", não haverá recursos para os rígidos e preventivos controles. Se no Japão houve falhas, o que se dirá do Brasil.
Ruben Arend

Energia nuclear, NÃO! O Brasil precisa investir em energias renováveis.
Rafael Rosa Dias

Usina nuclear... Esse é um dos grandes absurdos que temos aqui no Brasil, um país que tem sol o ano inteiro, tem o maior volume de águas do mundo, ventos moderados não necessita desse lixo que são as usinas nucleares.

Temos é que fechar as duas existentes o mais rápido possível, pois já houve vários e vários acidentes que não são divulgados pela mídia, pois no Brasil não existe toda essa democracia que era apregoada pelo Lula. A mídia é totalmente controlada pelo governo da forma mais cruel possível: é controlada pelo poder econômico. Se não falarem o que o governo quer, principalmente as emissoras de TV, perdem o patrocínio e podem perder até a concessão.
Gideon Pacheco de Oliveira

Sabemos da escassez futura de energia, entretanto, é preciso realizar um estudo muito cuidadoso em relação à construção de qualquer usina nuclear. A vida do ser humano não pode ser colocada em risco.
Joselia Silva