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FBI investiga novos e-mails relacionados ao caso de Hillary

28 de outubro de 2016

Agência diz que novas mensagens vieram à tona e analisa se elas contêm informações sigilosas, o que pode levar à reabertura de investigação. Democrata não comenta, e Trump afirma que "talvez a justiça seja feita".

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Candidata democrata à presidencia dos EUA, Hillary Clinton
Foto: Getty Images/AFP/K. Lamarque

O FBI informou sexta-feira (28/10) o Congresso dos Estados Unidos que vai investigar se há informações sigilosas em novos e-mails relacionados ao caso do servidor privado utilizado pela candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, quando ela era secretária de Estado, entre os anos de 2009 e 2013. Em julho, a agência havia anunciado a conclusão da investigação criminal.

Em carta enviada aos congressistas, o diretor da agência, James Comey, disse que novos e-mails vieram à tona recentemente, o que levará o FBI a analisar informações que passaram pelo servidor privado usado por Hillary. Ele afirmou que o FBI tomará "medidas apropriadas de investigação" para decidir se os novos e-mails contêm informações classificadas como secretas, "bem como para avaliar a sua importância para a investigação".

Comey disse que os novos e-mails vieram à tona durante um outro caso, não relacionado ao de Hillary, e pareceram ser pertinentes à investigação. O Wikileaks tem publicado dezenas de milhares de e-mails confidenciais de membros da campanha eleitoral de Hillary que, segundo autoridades da inteligência dos EUA, foram vítimas de uma série de ciberataques de responsabilidade do governo russo. O FBI está investigando esses ataques cibernéticos. 

A descoberta de novos e-mails levanta a possibilidade de o FBI reabrir a investigação criminal envolvendo a candidata democrata à presidência americana apenas alguns dias antes da eleição. No entanto, ainda é incerto se isso ocorrerá e também quanto tempo a análise dos novos e-mails vai levar. Não houve reação imediata da equipe de campanha de Hillary.

Já o candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, reagiu imediatamente à notícia, elogiando o anúncio do FBI e afirmando que "talvez a justiça finalmente seja feita". "Tenho grande respeito pelo fato de o FBI e o Departamento de Justiça estarem agora dispostos a ter a coragem de corrigir o erro horrível que cometeram", afirmou Trump num comício em Manchester, no estado de New Hampshire.

Ele disse que o uso de um servidor privado por Hillary deveria desqualificá-la da corrida presidencial. "A corrupção de Hillary está numa escala nunca vista antes. Não podemos deixá-la levar seu esquema criminoso ao Salão Oval", disse Trump, durante um comício em New Hampshire.

PV/efe/lusa/dpa/ap/afp