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Falta de patrocínio pode acabar com Abertos da Alemanha

Tobias Jungblut5 de junho de 2002

Após perder etapa da Masters Series (Stuttgart), federação de tênis teme fim dos torneios feminino de Berlim e masculino de Hamburgo.

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Guga venceu em Hamburgo em 2000Foto: AP

O estado financeiro da Federação Alemã de Tênis (DTB) vai de mau a pior. De acordo com o presidente Georg von Waldenfels, o esporte passa por grandes dificuldades, mas o risco de falência ainda não está em vista. A falta de dinheiro ameaça principalmente os dois mais importantes torneios do país, os Abertos de Hamburgo (masculino) e Berlim (feminino).

"Quero evitar ao máximo tudo que possa levar-nos à insolvência. Se chegar a tal ponto, os torneios acabam. Depois não conseguiremos mais reincluí-los no circuito mundial", afirmou Waldenfels em Roland Garros (Paris), onde busca contatos para salvar o tênis alemão.

Segundo o presidente da DTB, há muito tempo não é tão escasso o suporte financeiro como agora. A receita de patrocínio e da transmissão por tevê vem caindo e fica difícil cobrir, por exemplo, o custo anual de 17 milhões de euros de manutenção das quadras de Hamburgo, subutilizadas.

Expectativa -

No momento, Waldenfels aguarda sinais da associação mundial de tenistas ATP, da prefeitura de Hamburgo, assim como de patrocinadores e de emissoras de televisão. "Se até o final de julho eu não souber o que está acontecendo, tudo que poderei dizer será: já era", lamenta o dirigente.

A salvação do German Open masculino estaria no apoio do empresariado de Hamburgo. "Lá existem empresas às quais não doeria patrocinar o torneio. Lá há dinheiro. Além do mais, a cidade é candidata a sediar as Olimpíadas de 2012", afirmou o presidente da federação. Waldenfels diz que precisa de três milhões de dólares em 2003 para manter o torneio, vencido em 2000 pelo brasileiro Gustavo Kuerten.

O dirigente adverte que a crise alemã não é isolada e o eventual fim dos torneios de Hamburgo e Berlim poderá levar por água abaixo também os de Roma e Monte Carlo, por exemplo.

Sucessão - Apesar da crise financeira e das muitas críticas a sua presidência, Waldenfels pretende se recandidatar nas eleições de novembro. No entanto, o favorito ao cargo é o ex-tenista Michael Stich, atual treinador da seleção nacional e que pretende aguardar até setembro para decidir se irá mesmo disputar o cargo.

Vislumbrando uma possível derrota, Waldenfels não larga o osso: "Sem dúvida alguma estamos passando por uma fase difícil, mas não vou desistir antes de consertar os problemas. Coloco-me à inteira disposição da federação, seja no cargo que for."