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Expo Milão 2015 abre em meio a protestos

1 de maio de 2015

Confrontos violentos entre polícia e manifestantes contrários ao evento marcaram a abertura. Em discurso, papa Francisco critica participação de grandes corporações em evento voltado ao desenvolvimento sustentável.

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Foto: Picture-Alliance/dpa/Massimo Percossi

A Expo Milão 2015 foi aberta ao público nesta sexta-feira (01/05) em meio a protestos e confrontos violentos entre manifestantes e polícia. Durante a marcha, gás lacrimogêneo foi lançado pelas forças de segurança contra um grupo que atirava pedras nos policiais.

De acordo com organizadores, o protesto, realizado no centro da cidade, reuniu 30 mil pessoas. Alguns manifestantes mascarados quebraram vitrines de lojas e incendiaram carros e lixeiras. Canhões de água foram usados pela polícia para apagar as chamas.

Os manifestantes são contra o gasto de dinheiro público no evento, principalmente porque o governo defende medidas de austeridade que afetam trabalhadores. Eles também são contra o apoio de grandes empresas como Coca-Cola e McDonald's ao evento.

Apesar dos protestos, cerca de 10 milhões de ingressos já foram vendidos e a expectativa é que a exposição atraia mais de 20 milhões de pessoas até outubro.

Proteste vor dem Start der Expo in Mailand Italien
Segundo os organizadores, o protesto reuniu 30 mil pessoasFoto: Reuters/Stefano Rellandini

Papa critica multinacionais

O espaço de mais de 1 milhão de metros quadrados possui diversos restaurantes e um supermercado do futuro e também vai oferecer eventos culturais. Com o tema "Alimentar o planeta", a Expo Milão 2015 conta com pavilhões de mais de 50 países.

"Hoje é como se a Itália estivesse abraçando o mundo. Para todos especialistas que gostam de dizer que 'nós nunca faremos isso' essa é a sua resposta. Eu gosto de pensar que o amanhã começa hoje", afirmou o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, no discurso de abertura do evento.

O papa Francisco também participou da cerimônia através de uma mensagem de vídeo, na qual criticou o fato de o evento dedicado ao desenvolvimento sustentável e à alimentação dos mais pobres depender de grandes corporações.

"De algumas maneiras a própria Expo é parte do paradoxo da abundância, que obedece a cultura do desperdício e não contribui para um modelo de desenvolvimento sustentável e equitativo", disse o pontífice

Francisco disse ainda que os verdadeiros protagonistas da exposição deveriam ser "os rostos de homens e mulheres que têm fome, que adoecem e mesmo morrem devido a uma dieta insuficiente e nociva".

CN/rtr/apf/lusa