Expectativas de um bom 2006
2 de janeiro de 2006O instituto de opinião pública Emnid pergunta já há 50 anos o que pessoas no mundo todo esperam para o ano que se inicia. Em pesquisa encomendada pelo canal de televisão N24, o instituto entrevistou mais de 70 mil pessoas provenientes de 70 países.
Os alemães, que quase sempre encabeçavam a lista daqueles que viam o ano vindouro com maus olhos, surpreenderam os pesquisadores do Emnid. Em anos anteriores, suas expectativas para o futuro pessoal, para a economia da nação e para a situação no mercado de trabalho eram impregnadas de pessimismo.
Segundo Klaus-Peter Schöppner, do Instituto Emnid, apesar de 31% dos entrevistados alemães não acreditarem em um ano promissor, o número daqueles que acham que sua situação vai melhorar em 2006 cresceu bastante: 29%, um resultado relativamente positivo para padrões alemães.
Alemães acreditam novamente no seu país
As boas expectativas de retomada de crescimento econômico, às quais está ligada, segundo Schöppner, a situação do mercado de trabalho, chegaram também à Alemanha.
Apesar de formarem um batalhão de quase cinco milhões de desempregados, muitos destes acreditam que encontrarão trabalho em 2006. Segundo o instituto, 68% dos alemães achavam que no ano passado o índice de desemprego iria subir; no ano que começa, este número caiu para 35%.
Klaus Schöppner acredita que um dos possíveis motivos para tal otimismo econômico é que os alemães voltaram a acreditar na política do país, que de forma lenta porém segura, começa a apresentar resultados.
Americanos e australianos pessimistas
Na pesquisa encomendada pelo canal de televisão N24, a grande surpresa ficou por conta dos americanos, que costumavam observar cada ano que se inicia com os melhores olhos.
Segundo Schöppner, os americanos não consideram que em 2006 o seu futuro vai melhorar. Os australianos estão também mais pessimistas do que se esperava, principalmente no que tange à coesão interna do país.
Ao contrário de americanos e australianos, um número maior de alemães começa o ano de 2006 com menos medo, e isto, na opinião de Schöppner, já é suficiente para que muita coisa mude.
Afinal, o medo não só come a alma, mas também o ano.