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Exame de sangue pode ser esperança para Alzheimer

1 de fevereiro de 2018

Pesquisadores no Japão e na Austrália estão mais perto do que pode ser uma revolução. Testes indicam que exame pode ser capaz de detectar propensão a desenvolver mal de Alzheimer e ajudar a encontrar um tratamento.

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Teste pode detectar a proteína beta-amiloide, associada à ocorrência do mal de Alzheimer
Teste pode detectar a proteína beta-amiloide, associada à ocorrência do mal de AlzheimerFoto: Fotolia/luchshen

Pesquisadores no Japão e na Austrália afirmaram ter alcançado avanços significativos no desenvolvimento de um exame de sangue que deverá no futuro ajudar os médicos a avaliar a propensão de um indivíduo de desenvolver o mal de Alzheimer.

No estudo publicado pela revista científica Nature nesta quarta-feira (31/01) os cientistas disseram que o teste – que pode detectar uma proteína conhecida como beta-amiloide, associada à ocorrência de Alzheimer – apresentou 90% de exatidão em pesquisas envolvendo 252 australianos e 121 japoneses entre 60 e 90 anos de idade.

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Atualmente, os médicos realizam exames de varredura no cérebro ou testes de fluído cerebrospinal (ou líquido cefalorraquidiano) para verificar se os pacientes têm beta-amiloide acumulada no cérebro. Esses testes, porém, são invasivos, de alto custo e apresentam resultados apenas quando a doença já está em andamento.

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Apesar de décadas de pesquisas científicas, não há tratamento que possa desacelerar o desenvolvimento do mal de Alzheimer. Os medicamentos podem apenas aliviar alguns dos sintomas.

Um exame de sangue simples e de baixo custo deverá permitir que empresas farmacêuticas encontrem um grande número de pessoas em risco de desenvolver a doença para testar novos medicamentos, afirmou o pesquisador Katsuhiko Yanagisawa, que coliderou o estudo no Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia no Japão.

Acredita-se que o mal de Alzheimer comece a se desenvolver anos antes de os pacientes demonstrarem sintomas como perda de memória. Os especialistas dizem que um fator importante para encontrar um tratamento eficiente será a habilidade de detectar sinais da doença ainda no estágio inicial.

"Temos que aprender a diagnosticar a doença para então podermos ver os efeitos da intervenção terapêutica. É aí que o verdadeiro valor dos testes se manifestará", disse Colin Masters, professor da Universidade de Melbourne, que também coliderou o estudo.

RC/rtr

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