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Ex-vice da Fifa é banido do futebol

29 de setembro de 2015

Jack Warner é acusado de participação em negócios ilegais, em investigação sobre suspeitas de compra de voto para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.

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Jack Warner
Foto: Getty Images/AFP/A. Estrella

O comitê de ética da Fifa decidiu nesta terça-feira (29/09) banir por má conduta o ex-vice-presidente da entidade Jack Warner de todas as atividades relacionadas ao futebol, pelo resto de sua vida.

Warner, de 72 anos, é um dos principais acusados em uma investigação das autoridades americanas que abalou a entidade máxima do futebol mundial.

"Ele cometeu muitos e diversos atos de má conduta, contínua e repetidamente, enquanto exercia cargos em diferentes escalões e posições influentes na Fifa e na Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe)", diz a declaração do comitê.

Warner é o segundo membro de alto escalão da Fifa a ser banido, após o americano Chuck Blazer, um ex-executivo da entidade que agora colabora com as investigações das autoridades americanas. Ambos eram membros do comitê executivo do órgão.

O banimento imposto a Warner implica em seu afastamento de quaisquer atividades relacionadas ao futebol, sejam internacionais ou em seu país, Trinidad e Tobago.

"Ele era peça-chave de esquemas que envolviam a oferta, aceitação e recepção de pagamentos não declarados e ilegais, assim como outros esquemas de arrecadação de dinheiro", afirma o comitê da entidade.

As autoridades americanas, que acusam 14 membros da Fifa e executivos de marketing esportivo de solicitar e receber mais de 150 milhões de dólares em subornos e extorsões em um período de duas décadas, pediram em julho a extradição de Warner. Ele é alvo de 12 acusações de fraude, extorsão e lavagem de dinheiro.

O comitê de ética informou que Warner estaria sendo investigado em um inquérito sobre o processo de escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, vencidos, respectivamente, pela Rússia e pelo Catar.

Ele também é acusado de comprar do presidente da Fifa, Joseph Blatter, os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2010 e 2014 por valores demasiadamente baixos, o que lhe gerou lucros significativos ao revendê-los posteriormente.

Blatter também é alvo de investigações de promotores suíços por suspeitas de irregularidades administrativas, em um processo que envolve também .

RC/afp/rtr