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Ex-secretário estadual julgado por tentativa de incitação a assassinato

Neusa Soliz10 de janeiro de 2002

Figura trágica, Jochen Wolf subiu rapidamente no cenário político da Alemanha reunificada, para depois cair estrondosamente. Ele poderá ser condenado a 15 anos de prisão por tentar mandar matar sua esposa.

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Começou nesta quinta-feira, em Potsdam, o processo contra o ex-secretário estadual da Construção Civil de Brandenburgo, Jochen Wolf (60), acusado de tentar contratar quem matasse sua esposa, Ursula. Como o réu não quis se pronunciar, a sessão foi suspensa logo após a leitura do libelo de acusação.

Duas tentativas - O político alemão oriental teria incitado alguém a matar sua quarta esposa em 1997 e 2000. Na primeira tentativa, entregou 10 mil marcos a um conhecido, que devolveu o dinheiro no ano seguinte, sem cumprir a incumbência. Na segunda, pagou a mesma importância como adiantamento a uma pessoa cuja identidade só foi revelada como Ralf M. Este já tinha ficha policial e, ao ser preso por outro delito, acabou abrindo o jogo à polícia.

A seguir, o ex-político teve seu telefone grampeado. A polícia passou a controlar todos os seus contatos com Ralf M. Jochen Wolf acabou sendo preso numa estação ferroviária de Berlim, em julho de 2001, quando havia suficientes provas contra ele. Se condenado, poderá pegar até 15 anos de prisão.

Os motivos - Durante os interrogatórios, o ex-político social-democrata confessou ser o mandante do crime que não chegou a concretizar-se. Como motivo citou que queria livrar-se das obrigações financeiras que resultariam de seu divórcio. Alegou também vingança por considerar sua esposa Ursula culpada do suicídio de sua amante, uma tradutora ucraniana. Para engrossar a tragédia, Wolf também tentou suicidar-se na prisão.

Wolf integrou o primeiro governo estadual de Brandenburgo após a reunificação alemã, tendo renunciado à secretaria da Construção Civil em 1993, devido a um escândalo imobiliário. O julgamento prossegue na próxima terça-feira (15).