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Ex-premiê da Malásia é proibido de deixar o país

12 de maio de 2018

Najib Razak, que já foi acusado de desviar mais de 600 milhões de dólares para suas contas bancárias, perdeu eleições legislativas na semana passada.

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Malaysia Wahl Premierminister Najib Razak
Najib Razak deposita voto nas eleições em que foi derrotado. Político já foi acusado de desviar centenas de milhões de dólares.Foto: Reuters/A. Perawongmetha

As autoridades da Malásia proibiram neste sábado (12/05) o ex-primeiro-ministro Najib Razak, que é acusado de envolvimento em um caso de corrupção, de deixar o país. O político descobriu a ordem quando estava prestes a viajar de avião para a Indonésia, de acordo com informações da imprensa local.

"Eu aceito a decisão e vou permanecer com minha família no país", disse Najib na sua conta do Twitter, segundo o site Free Malaysia Today.

O ex-primeiro-ministro, que perdeu as eleições disputadas na última quarta-feira (09/05), foi relacionado com um caso de desvio que envolve um fundo de investimento estatal. Durante a campanha eleitoral, o novo chefe do Governo, Mahathir Mohamad, prometeu levar o caso à Justiça. Najib governou a Malásia entre abril de 2009 até a semana passada.

Nesta manhã, Najib escreveu na sua conta do Facebook que após uma dura campanha, que descreveu como "talvez a mais intensa da história da Malásia", tinha decidido tirar uma "pequena folga" com sua família.

"Eu rezo para que, após este período de divisão, o país se una. Peço desculpas por qualquer defeito e erro", acrescentou o antigo premiê, que planejava viajar com sua esposa, Rosmah Mansor.

No entanto, o Departamento de Imigração indicou algumas horas depois que Najib e sua esposa "estão proibidos de deixar o país", segundo um comunicado citado pelo site Malaysiakini, que não especifica as razões.

Mais tarde, o ex-mandatário anunciou em entrevista coletiva a sua renúncia como presidente de seu partido, a Organização Nacional dos Malaios Unidos (UMNO), e da coalizão Barisan Nasional (Frente Nacional), após os resultados das eleições.

Najib se viu envolvido em 2015 em um caso de corrupção pelo desvio para suas contas bancárias privadas de cerca de 681 milhões de dólares do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB), que ele tinha criado e do qual era presidente.

O antigo governante alegou que o dinheiro era uma doação da família real da Arábia Saudita e o Ministério Público da Malásia exonerou ao então líder de qualquer suspeita.

No entanto, o suposto desvio e a lavagem de dinheiro supostamente desviados do 1MDB, estão sendo investigados em alguns países, incluindo Estados Unidos, Suíça e Cingapura.

O novo primeiro-ministro, de 92 anos, prometeu uma investigação deste suposto caso de corrupção após vencer as eleições, onde derrotou a coligação Barisan Nasional, no poder desde a independência do país, há mais de 60 anos.

JPS/efe

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