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Ex-biógrafo é condenado a pagar 1 milhão de euros a Kohl

27 de abril de 2017

Tribunal condena jornalista a pagar indenização por danos morais devido a trechos de livro sobre ex-chanceler alemão. Obra contém citações imprecisas ou fora de contexto, afirma decisão. Ainda cabe recurso.

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Deutschland Helmut Kohl bei der Denkmalenthüllung zu Ehren von Käthe Kollwitz in Berlin
O ex-chanceler federal da Alemanha Helmut KohlFoto: picture-alliance/BREUEL-BILD/R. Anders

O Tribunal Regional de Colônia, no oeste da Alemanha, determinou nesta quinta-feira (27/04) o pagamento de uma indenização de 1 milhão de euros por danos morais ao ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl por causa de um livro escrito por seu ex-biógrafo, o jornalista Heribert Schwan. Trata-se do maior valor já estipulado em casos semelhantes no país.

Kohl: "Merkel não sabia nem comer direito com garfo e faca"

Os advogados de Schwan anunciaram que vão recorrer da decisão, e os representantes de Kohl disseram que avaliam fazer o mesmo. O advogado de Kohl, que pediu uma indenização de 5 milhões de euros por danos morais, disse que a decisão foi um passo no rumo certo, mas é insuficiente.

De acordo com a decisão, a obra Vermächtnis: die Kohl-Protokolle (Legado: Os Protocolos Kohl) contém passagens que ferem gravemente o direito à privacidade do político de 87 anos. A obra foi redigida em parceria com o jornalista Tilman Jens e publicada em outubro de 2014 pelo grupo Random-House, que também responde como réu na ação.

A disputa gira em torno de conversas gravadas em áudio entre 2001 e 2002, quando Schwan ainda era o biógrafo de Kohl, antes de os dois se desentenderem. Segundo o ex-chanceler, a obra contém declarações imprecisas ou fora de contexto, o que Schwan nega. O tribunal concordou com a argumentação de Kohl e também vetou a publicação de 116 citações presentes na obra.

Entre as passagens constrangedoras estão referências à sua correligionária e atual chanceler federal, Angela Merkel. Em uma delas, Kohl afirma que ela "não sabia nem comer direito com garfo e faca". "Ela ficava andando de um lado para o outro em jantares oficiais, me forçando a chamar a atenção dela várias vezes", teria dito Kohl, segundo o livro.

IP/afp/dpa