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EUA podem relaxar proibição de doação de sangue por gays

24 de dezembro de 2014

Existente desde 1983, restrição pode passar a valer só para homens que tiveram relações homossexuais nos últimos 12 meses. Órgão regulador americano fará recomendação em 2015 e medida é sujeita à aceitação pública.

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Foto: Fotolia/Gina Sanders

Os EUA podem relaxar a proibição perpétua de doação de sangue por homens homossexuais e bissexuais. O anúncio foi feito nesta terça-feira (23/12) pela FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA).

A proibição de doação de sangue por homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses, entretanto, permanece. A FDA informou que tomou a decisão depois de analisar dados científicos nos últimos anos quanto a sua política sobre doações de sangue por gays.

"A agência vai tomar as medidas necessárias para recomendar uma alteração na regra. Assim, a restrição da doação de sangue por homens que mantêm relações sexuais com homens passará de indefinida para um ano desde o último contato sexual", disse um comunicado da FDA assinado pela diretora do órgão, Margaret Hamburg.

Sugestão sujeita à opinião pública

A FDA informou que vai recomendar a alteração da política em 2015 e que a medida será sujeita à opinião pública antes de entrar em vigor.

Um número crescente de especialistas médicos argumentam que as restrições existentes estão ultrapassadas e que existem testes sofisticados que podem tornar a doação de sangue por homens gays uma prática muito mais segura. A proibição de doação de sangue por homens homossexuais foi definida em 1983, no início da epidemia de aids.

Segundo o jornal New York Times, a decisão pode aumentar o suprimento de sangue em até 4%. Assim, os EUA se aproximam de países como o Reino Unido, que em 2011 também se decidiu pelo abandono da proibição vitalícia, optando pela limitação num prazo de 12 meses desde a última relação sexual.

Na Alemanha, gays até hoje são proibidos de doar sangue. Entretanto, o Tribunal de Justiça da União Europeia considera isso uma "discriminação indireta". Em 2013, o Conselho de Medicina da Alemanha se pronunciou a favor de um relaxamento da proibição.

MD/afp/dpa