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EUA criticam Europa por falhas na integração de muçulmanos

6 de abril de 2006
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Integrationskurse für Ausländer
Cursos de integração em FrankfurtFoto: dpa - Bildfunk

O governo dos EUA acusa os europeus de estarem falhando na integração de imigrantes muçulmanos. Segundo o responsável pela Europa no Departamento de Estado norte-americano, Daniel Fried, a maioria dos países europeus trata os descendentes de imigrantes muçulmanos como se ainda fossem estrangeiros, criando um terreno fértil para o extremismo.

"A deficiente integração dos muçulmanos na Europa é um perigo também para a segurança dos Estados Unidos", disse Fried, nesta quinta-feira (06/04). "Na Europa, os muçulmanos lutam contra o desemprego e a discriminação. Isso criou um 'público' aberto a mensagens extremistas", afirmou.

Ele acrescentou que, além disso, extremistas muçulmanos aproveitam a liberdade de imprensa em muitos países para transmitir sua mensagem. Junto com uma "percepção profundamente negativa" da política externa norte-americana, isso resulta numa "mistura especialmente perigosa". Mas só uma pequena parcela ultrapassa a barreira do terrorismo, explicou.

Fried lembrou que os ataques de 11 de setembro de 2001 aos EUA em grande parte foram planejados na Alemanha. "Cinco anos depois e, apesar de muitos avanços no combate ao terrorismo, o extremismo violento na Europa continua sendo um perigo para a segurança nacional dos EUA e seus aliados", advertiu.

O ministro alemão do Interior, Wolfgang Schäubler, disse que os pais são os principais responsáveis pela educação e a integração dos filhos que nasceram na Alemanha. "O Estado não pode integrar os filhos contra a vontade dos pais", disse.

Schäubler também defendeu a aplicação de sanções contra pais que se negam a cumprir suas obrigações referentes à integração dos filhos. "Quem não quer que seus filhos vivam como alemães cometeu um erro ao vir para a Alemanha", disse. O governo alemão planeja um encontro de cúpula para discutir soluções para o problema.