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EUA cobram responsabilidade de agências de rating em crise financeira

5 de fevereiro de 2013

Governo norte-americano considera que agências de classificação de risco Standard & Poor's, Moody's e Fitch tiveram papel chave na crise que devastou os mercados em 2008. Ministério da Justiça entrará com processo.

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Foto: picture-alliance/dpa

A agência norte-americana de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) anunciou ter sido informada nesta segunda-feira (04/02) pelo Ministério de Justiça dos Estados Unidos sobre a ação judicial. Em comunicado, a empresa rebateu a acusação do governo, considerando-a "inteiramente injustificada".

As procuradorias de alguns estados do país também querem processar a S&P. Segundo informações do diário Wall Street Journal, as acusações de má conduta podem ser formalizadas ainda esta semana.

O relatório final de uma comissão do Congresso norte-americano sobre a crise financeira concluiu que as três poderosas agências de classificação de risco – S&P, Moody's e Fitch – contribuíram para desencadear a crise financeira mundial. As agências alegam que somente manifestaram uma opinião e não uma sugestão de compra.

As acusações estão relacionadas à qualificação de títulos hipotecários norte-americanos. As três agências avaliaram a nota de crédito desses títulos como muito boas. Investidores de todo o mundo confiaram nessa avaliação e compraram os papéis.

Os títulos eram baseados em empréstimos que tinham como garantia propriedades norte-americanas. Quando a bolha do mercado imobiliário nos Estados Unidos estourou, esses títulos, classificados com a nota máxima AAA, perderam seu valor.

Os títulos então podres, passados de mão em mão entre os bancos como garantia de pagamento, levaram à crise financeira mundial após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, em setembro de 2008.

O governo norte-americano não é o primeiro a processar a S&P pela crise. Um tribunal australiano condenou a agência ao pagamento de uma indenição milionária por ter confundido os investidores com suas avaliações. Investidores em Nova York movem uma ação similar.

CN/dw/rtr/afp/dpa/ap
Revisão: Francis França