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EUA anunciam sanções a Rússia e China por apoio a Pyongyang

22 de agosto de 2017

Medida afeta seis pessoas e dez empresas que, segundo o Departamento de Tesouro, colaboram com o programa nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte. China rechaça sanções e pede que Washington "corrija o erro".

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Sanções ocorrem em momento marcado pela escalada de tensão entre Pyongyang e Washington
Sanções ocorrem em momento marcado pela escalada de tensão entre Pyongyang e WashingtonFoto: picture-alliance/AP Photo/Ahn Young-joon

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (22/08) sanções contra pessoas e empresas da China e da Rússia por suposta colaboração com o programa nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, em momento marcado pela escalada de tensão entre Pyongyang e Washington.

As novas sanções afetam seis indivíduos – quatro russos, um chinês e um norte-coreano – e dez companhias, entre chinesas, russas e norte-coreanas, além de duas com sede em Cingapura.

Entre as empresas estão Dandong Rich Earth Trading e Mingzheng International, ambas com sede na China e que, segundo o Departamento de Tesouro americano, facilitaram acesso ao sistema financeiro internacional norte-coreano.

Também foram alvos das sanções a companhia russa Gefest-M LLC, sediada em Moscou, e seu diretor, Ruben Kirakosyan, por suposta cooperação com uma empresa já sancionada por envolvimento com o programa militar de Pyongyang, a Korean Tangun Trading Corp.

"O Tesouro seguirá elevando a pressão sobre a Coreia do Norte ao mirar naqueles que apoiam o avanço do programa nuclear e de mísseis balísticos, isolando-os do sistema financeiro americano", afirmou, em comunicado, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.

A nota dizia ainda ser "inaceitável que indivíduos e empresas da China e da Rússia ajudem a Coreia do Norte a conseguir investimentos que serão utilizados para desenvolver armas de destruição em massa e desestabilizar a região".

Como resultado, todos os sancionados terão seus bens congelados nos Estados Unidos, caso possuam, e serão proibidos de fazer acordos comerciais com cidadãos americanos.

Em resposta às sanções nesta terça-feira, o governo em Pequim declarou, por meio de um porta-voz da embaixada chinesa, que "os EUA devem corrigir imediatamente seu erro, de modo a não afetar a cooperação bilateral envolvendo questões relevantes".

A decisão de Washington vem semanas após o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar, por unanimidade, sanções duras à Coreia do Norte, reduzindo em até 1 bilhão de dólares por ano o faturamento que o país obtém com exportações.

As sanções foram seguidas por troca de ameaças entre os governos em Pyongyang e Washington. O presidente americano, Donald Trump, advertiu que responderia com "fogo e fúria" ao regime de Kim Jong-un, que apontou como possível alvo a ilha americana de Guam, no Oceano Pacífico.

Esta é a crise mais aguda na península coreana nos últimos anos, tendo se agravado desde que Trump e o governo norte-coreano intensificaram a retórica bélica, após testes de mísseis balísticos intercontinentais executados no mês passado.

EK/ap/afp/rtr/dpa/efe