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ESTADO DE EMERGÊNCIA NA FRANÇA

12 de novembro de 2005

Nossos usuários comentaram principalmente dois temas esta semana: os conflitos na França e as discussões na Alemanha sobre eutanásia. Leia aqui!

https://p.dw.com/p/7RKo
Foto: dpa

Em minha opinião, estas manifestações de imigrantes norte-africanos na França fortaleceram ainda mais os partidos de direita, além dos neonazistas. De nada adianta queimar carros. De que lado está a população originária da França, do governo ou dos rebeldes árabes, negros e islâmicos?
Fabian Valer

Creio que quem "entra" num país é hóspede, e como hóspede deve se inteirar de como se vive no lugar, que língua se fala, etc. Se tiver interesse em residir... usufruir... por estar melhor aí do que no seu país de origem, então o maior "interessado" em se sentir em "casa" é ele; o desejo de integrar-se é, sem dúvida, através do domínio da língua e dos costumes e das "leis" locais. Cada povo tem seus hábitos, mas não pode impô-los no país hospedeiro.

Creio que a "globalização" é um anseio, uma esperança...muito humana, com "H" maiúsculo. Temos muito o que aprender com isso. Não está muito claro para nós o que é o respeito... o que é "respeitável" no outro... o que é "respeitável" em mim... Mas se a intenção é essa, creio que o caminho só é possível através da educação. Educar é despertar a "consciência", o "saber" e a conseqüente responsabilidade pessoal e social.
Leo Vinci

Acompanho os acontecimentos políticos, e não policiais, pela internet, já que a imprensa brasileira deixa tudo a desejar em se tratando de reportagens com assinatura própria, pois quando escreve sobre algo, ou é press release, ou é para traduzir a visão da elite neoliberal.... E devo dizer que não acho nada surpreendente nos acontecimentos na França.

O filme La Haine (O Ódio) tem quase dez anos e parece que os acontecimentos reais são uma versão mais longa e explosiva do argumento do filme! E como este, já vi vários filmes franceses nos últimos dez anos que chamam a atenção sobre para o mesmo argumento: o racismo na França. Basta lembrarmos de Le Pen e todos os votos que arranca do povo francês!

Esquecem os franceses que eles sugaram e destruíram a organização social desses países, causando males muito maiores a estes povos em seus países de origem. E mais, que levaram muitos para a França, para fazerem o serviço sujo e pesado, pagando-os com os lucros do que lhes haviam roubado! E não lhes deram, em nenhum momento, sequer dignidade! Quanto à " liberté, egalité, humanité", os franceses se esqueceram já na época da comuna de Paris.... A burguesia, como em 1789, está começando a pagar a conta pelos brioches que nunca chegaram até os imigrantes, aliás a maioria dos meninos que ateiam fogo em carros não é imigrante, já que nasceram na França: são franceses excluídos. E a Europa toda que se cuide, a situação não difere muito em muitos países. Aliás, em todo o mundo pós- neoliberalismo!

Acho que está na hora de começarmos a olhar o que nos cerca com nossos próprios olhos e coração, e não com os olhos da mídia estatal! Tomara que não seja o "ovo de serpente" do Bergman!
Silvia Camera

A pergunta da DW soa um pouco confusa no entendimento daquilo que a própria Alemanha é realmente. Dias destes, matérias da DW colocavam as dificuldades de relacionamento entre o Leste e o Oeste, isso no próprio interior do país. O governador da Baviera deu uma de ministro francês, ou foi o inverso, ao falar dos cidadãos dos novos Estados. Para mim, brasileiro, essa história de entender o que significava a palavra "novos Estados" já foi meio complicado. Afinal, havia uma Alemanha por inteiro, onde a parte mais destroçada é que era chamada de nova.

Mesmo ao andar pelas ruas de Erfurt e se hospedar nos hotéis, os proprietários faziam questão de salientar que era dificil receber hóspedes estrangeiros, ou que o local não era rota turística para os próprios alemães. Não só a Alemanha, mas a Europa como um todo reúne todos os ingredientes para uma explosão social. A discriminação existente contra os turcos, que têm parte do país na Europa e na Ásia, já coloca a situação como ela é. Isso sem falar da história da própria Alemanha.

Acho que na verdade a tal exclusão social tão apregoada no Brasil, vista nas nossas favelas, além da nossa pobreza, só não se refletem da mesma forma na Europa porque lá existe mais dinheiro. Senão a história seria a mesma que na França.
Nascimento

Maiores investimentos na educação de estrangeiros de baixa renda é um bom caminho para a integração. Um curso de idioma na Europa muitas vezes custa caro, e a maioria dos cursos gratuitos ou baratos são de baixa qualidade. É importante salientar que o problema não é só da Europa, pois os estrangeiros precisam querer se integrar, e isso muitas vezes não acontece. Poderiam ser feitas campanhas que estimulassem os estrangeiros a se integrarem. Eles têm que adquirir a consciência de que só assim as portas se abrirão com maior facilidade para eles.
Eric Evangelista


Acho profundamente coerente com a orientação capitalista neoliberal, que busca solucionar a crise econômica estrutural com medidas autoritárias e excludentes. Ressalte-se também a responsabilidade da sociedade francesa que em sua maioria apóia essas medidas através do respaldo político-eleitoral dado ao Partido Nacionalista Francês, de inspiração nazifascista e comandado pelo genocida Le Pen.
V.C. Estrela

Não acredito que isto possa acontecer na Alemanha. Quando estive em Berlim, fiquei no bairro Schöneberg muito próximo de Kreuzberg, e verifiquei a grande quantidade de árabes que existe nessa região. O que chamou a minha atenção foi que eles não se integram na sociedade alemã, e que a grande maioria nem alemão falava, apesar de estarem há muitos anos na Alemanha. Mas daí a ter acontecimentos iguais aos da França, isto nunca. Contribui também a grande atuação e presença da polícia alemã em todos os lugares.
A. Luiz Brenneisen Carlberg

Discordo totalmente da análise apresentada, mesmo porque não são, na sua maioria, os descendentes das regiões colonizadas que são os atores dessa situação catastrófica. Já a "re-engenharia" social é uma questão a ser avaliada, assim como o chamado "multiculturalismo". Não há como integrar quem não quer ser integrado, não importa o que se faça.
Beatriz

O Sr. Ministro está correto em sua linha de pensamento É preciso que se tomem medidas o quanto antes, para que se detenha essa onda migratória de probeza. O que vem ocorrendo na França é o primeiro aviso do que está por vir.
Willrod

EUTANÁSIA

Sou favorável à morte assistida, considerando-se que a vida é um dom que todos devem aproveitar até o derradeiro momento. O derradeiro momento, no meu entender, vai até quando eu tenha lucidez e vontade de continuar vivendo. A morte assistida permitirá o acompanhamento de profissionais que auxiliem na passagem, bem como evitará que se cometam crimes em nome da eutanásia, já que conjecturo a morte assistida ser previamente documentada e com a anuência da família.

Janir Brandt

Em relação a pacientes terminais lúcidos, acredito que o melhor seria minimizar a dor, e que morfina e opiatos deveriam ser substituídos por canabinóides. A eutanásia ativa contraria todos os príncípios éticos e coisifica tanto o paciente quanto o médico. Mas o que mais chama a atenção é o que está por trás disso tudo. Talvez frutos tardios da Escola de Frankfurt...
Beatriz

Sou a favor da morte assistida, quando a medicina não tiver mais recursos. Aqui no Brasil as coisas são piores, morre-se nas portas de hospitais por falta das mínimas condições de tratamento. Somente com dinheiro pode-se ser bem tratado em hospitais particulares. O que significa isto?
José Walder

ENERGIA ALTERNATIVA
O mundo precisa de um substituto para o petróleo, pois sua produção está inversamente proporcional ao consumo. O Brasil detém 95% do quartzo mundial, uma fonte inesgotável de silício, matéria-prima fundamental na produção de energia, através da captação de raios solares. Precisamos importar tecnologia, para que possamos exportar pó de alta pureza, grau eletrônico, usado na fabricação das células e conseqüentemente nos painéis solares, os grandes transformadores de energia alternativa do presente e futuro.

Temos uma reserva imensa de areia de quartzo em Goiás, fonte direta de silício, em estado bruto chega a 97/99% de teor de sílica somente lavado com água limpa e abundante. Falta tecnologia para chegarmos ao pó de grau metalúrgico e eletrônico. Não seria a vez de o Brasil entrar de cabeça neste nicho de mercado, incentivando e importando tecnologia para o país, o qual já domina o mercado antes de começar a produzir?
A. C. Melo

CEMITÉRIOS – CULTO AOS MORTOS

Concordo com o título do artigo do Carlos – que mais uma vez escreveu brilhantemente sobre semelhanças e diferenças brasileiras e alemãs. Só morre mesmo quem é esquecido, e por isso muitas pessoas vivas já estão mortas há anos. Não me agrada ser lembrado em um mausoléu ou algo parecido. Não me agrada lembrar das pessoas amigas que se foram em um cemitério. Para mim, bastam as boas recordações que ficam na memória, e estas são eternas. Mas ainda bem que muitas pessoas pensam diferente e fazem suas moradias para eternidade.

Com todo respeito a quem cultua seus mortos, para mim os cemitérios são verdadeiros museus a céu aberto e adoro visitá-los, porque fico conhecendo um pouco a relação entre a vida e a morte das pessoas das cidades que visito.
Alessandro Escudero