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Espanha ameaça prender líder catalão

30 de outubro de 2017

Após a declaração de independência da Catalunha, Carlos Puigdemont, presidente do governo regional destituído, é acusado do crime de rebelião, com pena de até 30 anos de prisão.

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Puigdemont poderá acusado criminalmente de liderar uma rebelião, crime com pena de até 30 anos de prisão
Puigdemont poderá acusado criminalmente de liderar uma rebelião, crime com pena de até 30 anos de prisãoFoto: picture-alliance/AP Photo/Presidency Press Service

O chefe do governo destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, poderá ser preso dentro dos próximos dois meses em razão da decisão do Parlamento local de declarar a independência de forma unilateral.

O alerta do governo espanhol veio neste domingo (29/10), enquanto milhares de pessoas participavam de manifestações nas ruas de Barcelona defendendo a unidade da região com a Espanha.

Leia também: Os dois mundos de Carles Puigdemont

Na sexta-feira, o Parlamento regional da Catalunha aprovou a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional. Ao mesmo tempo, em Madri, o Senado espanhol dava a autorização ao governo para aplicar o artigo 155º da Constituição, com o objetivo de restituir a legalidade na região autônoma.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, destituiu Puigdemont e seu governo, convocando eleições regionais para o dia 21 de dezembro.

Nesta segunda-feira, Puigdemont foi denunciado pela procuradoria-geral, junto a outros políticos envolvidos no processo de declaração de independência, por rebelião e sedição.

O procurador-geral solicita, na denúncia, o comparecimento urgente de Puigdemont e outros político, para que "prestem declarações como investigados" e se possa "avaliar a adoção de medidas cautelares" contra eles. O líder catalão se encontra atualmente em Bruxelas.

Puigdemiont afirmou não aceitar o afastamento imposto por Madri e pediu aos catalães que façam uma "oposição democrática e "continuem defendendo as conquistas alcançadas até hoje".

Nesta segunda-feira, o líder catalão publicou na rede social Instagram uma imagem sua no interior da sede do governo regional em Barcelona, acompanhada apenas de uma mensagem de "bom dia". Não se sabe ainda se a fotografia é atual ou se teria sido registrada anteriormente. 

No início da noite, foi confirmado que Puigdemont não está na Espanha. O escritório do catalão Ramon Tremosa, integrante do Parlamento Europeu, afirmou que o líder chegou à Bruxelas. Ele deve anunciar seus próximos passos numa coletiva de imprensa na terça-feira.

RC/CN/ap/lusa/ots

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