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Escândalo de corrupção leva três à prisão

(ef)13 de junho de 2002

Foram presos, em Colônia, nesta quinta-feira (13) mais três envolvidos no escândalo de corrupção no Partido Social Democrático (SPD), presidido pelo chanceler federal Gerhard Schröder.

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Os presos são dois ex-dirigentes do SPD, Karl Wienand, de 75 anos, e Norbert Rüther, de 51 anos, e o empresário Hellmut Trienekens, do rico setor de reciclagem e incineração de lixo. Eles estão sob suspeita de sonegação de imposto de renda, um crime grave na Alemanha, corrupção e cumplicidade em pagamento de propina e financiamento ilegal do maior partido da coalizão de governo federal.

Fluíram mais de 10 milhões de euros em propina e doações ilegais ao diretor do SPD de Colônia na construção de um centro de incineração de lixo na cidade. A obra no valor de 400 milhões de euros foi construída pelo império de lixo Trienekens. Por causa do escândalo, a sua figura-chave, Rüther, líder da bancada local dos social-democratas de 1995 a 1998, renunciou a todos os cargos que ocupava no partido e também ao seu mandato legislativo.

As investigações concluíram que foi manipulada a oferta da firma Steinmüller para a construção do centro de incineração de lixo. Rüther teria recebido uma propina de dois milhões de marcos (mais de um milhão de euros). A promotoria pública ainda não descobriu se o político gastou todo o dinheiro com o seu partido ou se fez uso próprio de uma parte. O ex-presidente da firma Trienekens, Hellmut Trienekens, teria recebido dois milhões de marcos e o dublê de conselheiro da empresa e alto funcionário do SPD em Bonn, Wienand, mais 4,4 milhões de marcos.

Outros dirigentes de firmas envolvidos no escândalo, que teriam recebido somas mais volumosas, já se encontram presos há várias semanas. O restante do dinheiro das propinas supostamente pagas pela Trienekens, que ganhou a licitação pública, foi depositado na Suíça, o mesmo destino que teve grande parte das doações ilegais feitas à União Democrata-Cristã (CDU) no tempo em que Helmut Kohl presidia esse partido e chefiava o governo alemão.

O escândalo estourou três meses atrás e, de olho nas eleições de 22 de setembro, a cúpula do SPD em Berlim adotou medidas para apurá-lo o mais rápido possível, apresentou e abriu processo contra os seus próprios filiados envolvidos .