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Ajuda a Portugal

18 de abril de 2011

Missão internacional se encontra com autoridades governamentais, centrais sindicais e empresários. Ministra da Economia da França considera catastrófico possível plano de reestruturação das dívidas públicas portuguesas.

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Premiê interino português não conseguiu resolver criseFoto: AP
Representantes da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) se reuniram nesta segunda-feira (18/04) com autoridades portuguesas para definir os termos do terceiro plano de ajuda econômica a um país integrante do bloco europeu, em menos de um ano. O encontro foi cercado de incertezas após a vitória dos nacionalistas na Finlândia.
A expectativa é de que o pacote de resgate chegue a 80 bilhões de euros. A concessão do pacote implica, no entanto, medidas austeras que incluiriam privatizações, reformas trabalhistas e iniciativas para fortalecer instituições financeiras.
No encontro em Lisboa, técnicos do FMI e da Comissão avaliaram as políticas implementadas pelo governo até agora, que envolvem cortes de gastos públicos e aumentos de impostos.
A missão internacional se encontra, nesta terça-feira (19/04), com centrais sindicais e grupos de empresários. Na semana passada, os técnicos examinaram as contas públicas do país. Portugal deveria ter reduzido seus empréstimos em 2010 para 7,3% do PIB, porém só conseguiu reduzi-los para 8,6%.
Regressar aos mercados
Como o país realiza eleições legislativas no dia 5 de junho, um acordo entre os partidos políticos estabeleceu que as reformas econômicas devem ser definidas até meados de maio. Técnicos da missão internacional acreditam que Portugal precisaria de injeção financeira de cerca de 5 bilhões de euros para repasses urgentes. O país tem um débito total de 159,5 bilhões de euros.
Quanto a especulações sobre a reestruturação da dívida pública de países europeus em crise, a ministra da Economia da França, Christine Lagarde, considerou que seria "catastrófico" reestruturar as dívidas públicas de Grécia, Irlanda e Portugal.
Isso mostraria que esses países têm problemas para se financiarem nos mercados, disse a ministra. Para Lagarde, o objetivo dos planos de resgate europeus é que os Estados endividados possam restabelecer sua economia e regressar aos mercados financeiros.
MP/lusa/afp/rtr
Revisão: Carlos Albuquerque