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Empresa russa afirma que ação externa causou queda de avião

2 de novembro de 2015

Kogalymavia descarta falha técnica e erro humano como causas da tragédia que resultou na morte de 224 pessoas no Egito e afirma que avião estava em "excelentes condições".

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Restos da aeronave que caiu no Sinai, no EgitoFoto: picture-alliance/dpa/Str

Um representante da empresa aérea russa Kogalymavia descartou nesta segunda-feira (02/11) que uma falha técnica ou um erro humano possam ser a causa da queda de um avião da empresa no Egito, no sábado, que resultou na morte de todas as 224 pessoas a bordo.

A causa da queda "só pode ter sido uma ação externa", afirmou Alexander Smirnov, vice-diretor-geral da Kogalymavia, que opera voos sob o nome Metrojet. "Não há uma combinação de falhas de sistema que pudesse levar o avião a se partir no ar", disse, ressaltando que a aeronave estava em "excelentes condições técnicas".

Smirnov argumentou que a tripulação não emitiu um chamado de emergência nem tentou contatar o controle de tráfego aéreo. "Aparentemente a equipe já estava completamente incapaz de trabalhar no momento da catástrofe", disse.

Segundo ele, o Airbus A321 perdeu velocidade rapidamente, durante menos de um minuto, antes de cair na península do Sinai apenas 23 minutos após a decolagem.

Neste domingo, o responsável pelas investigações conduzidas pelas autoridades russas afirmou que o avião se partiu no ar.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou nesta segunda-feira que ainda não é possível descartar nenhuma explicação sobre a queda do avião, ao responder a pergunta sobre probabilidade de um ataque terrorista. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ressaltou a importância de se descobrir as razões do desastre em detalhes.

Um representante do governo russo disse pela manhã que especialistas forenses começaram a identificar os corpos das 224 vítimas da tragédia. Moscou enviou mais de cem socorristas e especialistas em aviação ao Egito para examinar o local do desastre, junto com especialistas da França, da Alemanha e da Airbus, fabricante da aeronave.

Nesta segunda-feira, um avião do governo russo transportou os corpos de 140 vítimas para São Petesburgo, cidade de origem da maioria dos passageiros do voo. Outro avião vai transportar mais corpos do Cairo à Rússia até o fim do dia.

No Sinai, equipes de busca vasculham uma área de 16 quilômetros quadrados para encontrar corpos e fragmentos do avião. No domingo, o governo russo disse que 163 corpos haviam sido recuperados.

LPF/dpa/rtr/ap/afp