Em vez de sirenes, os celulares darão alarme nas catástrofes
16 de janeiro de 2002A criação de um novo sistema de alarme geral na Alemanha começou a ser planejada no início de outubro passado, como reação aos atentados terroristas de 11 de setembro em Nova York e Washington. Mas a cooperação entre o Ministério do Interior, responsável pela segurança pública na Alemanha, e a Deutsche Telekom foi estendida também ao combate de possíveis ataques de hackers à internet alemã, conforme anunciaram em Berlim, nesta quarta-feira (16), o ministro Otto Schily e o presidente da Telekom, Ron Sommer.
Otto Schily: "Antigamente, eram as sirenes que davam alarme. No futuro, os telefones celulares tocarão, os despertadores controlados por ondas de rádio começarão a soar e, na tela do monitor de quem estiver navegando na internet, surgirá uma janela de advertência." O alarme do telefone celular será seguido pelo recebimento de uma mensagem curta de texto (SMS), com a devida advertência sobre a catástrofe.
Outros provedores e portais são bem-vindos
Na internet, somente o portal "www.t-online.de" (da Deutsche Telekom, o maior provedor da Alemanha) estará ligado inicialmente ao sistema de advertência de catástrofes. Mas o ministro Schily conclamou todos os demais portais e provedores a aderirem ao sistema de emergência.
Em parte, o novo sistema de alarme já entrou em funcionamento em meados de outubro do ano passado. Ele é baseado em transmissão por satélite, sendo operado a partir de um centro de coordenação de informações do governo alemão: no prazo de 20 segundos, as mensagens de advertência podem chegar às centrais de prevenção de catástrofe de todo o país, bem como às emissoras de rádio e televisão.
Prevenção contra a cyber war
Para uma prevenção efetiva dos ataques de hackers e da disseminação de vírus eletrônicos via internet, os especialistas do Ministério do Interior e da Deutsche Telekom deverão cooperar estreitamente, a partir de agora. "Mesmo que sejam inteiramente exagerados os temores de uma cyber war, o Estado, a sociedade e o setor econômico têm de se preparar contra possíveis atentados às redes de comunicação eletrônica", afirmou Otto Schily.