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Em Las Vegas, Trump elogia "heróis" que reagiram ao massacre

5 de outubro de 2017

Presidente faz visita a sobreviventes no hospital e agradece aos policiais e médicos que ajudaram no socorro às vítimas. "Somos uma nação verdadeiramente em luto", diz líder, que se nega a falar sobre controle de armas.

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Donald Trump Las Vegas Nevada
Ao lado da mulher, Melania Trump, presidente se reuniu com policiais em Las VegasFoto: Reuters/K.Lamarque

Três dias após o massacre que deixou 59 mortos e mais de 500 feridos em Las Vegas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajou nesta quarta-feira (04/10) à cidade, no estado de Nevada, para visitar sobreviventes e conversar com policiais e médicos que responderam ao ataque.

"Somos uma nação verdadeiramente em luto", disse o líder, ao lado de sua mulher, Melania Trump. "Nossas almas foram acometidas pela tristeza de todos os americanos que perderam" alguém no massacre de domingo passado, acrescentou. "Vamos passar por isso juntos."

Na cidade, Trump se encontrou com o xerife Joseph Lombardo, que lidera as investigações policiais sobre o ataque. Depois, passou pelo hotel Mandalay Bay, onde estava Stephen Paddock quando abriu fogo durante nove minutos contra a plateia de um festival de música.

O presidente ainda visitou o hospital University Medical Center (UMC) para falar com sobreviventes, familiares e médicos que ajudaram a socorrer as vítimas, além de se reunir com policiais e socorristas na sede da polícia de Las Vegas. "Somos abençoados por estar rodeados de heróis." 

Do saguão do hospital, Trump elogiou os esforços dos profissionais. "Estive com vítimas terrivelmente feridas. O que vi aqui é um tributo incrível ao profissionalismo de todos. É incrível a valentia de todas as pessoas que ajudaram os feridos. Me faz sentir orgulho."

"Quando o pior da humanidade ataca – e atacou –, o melhor da humanidade responde", acrescentou o mandatário, referindo-se aos agentes que se feriram durante as respostas ao ataque. "Palavras não são capazes de descrever a bravura que o mundo inteiro testemunhou na noite de domingo. Os americanos desafiaram a morte e o ódio com amor e coragem."

Trump também descreveu como "excepcional" o trabalho da polícia de Las Vegas e da equipe que invadiu o quarto onde estava o atirador, no 32º andar do Mandalay Bay. "Ele foi localizado em 11 minutos. Fizeram um trabalho fantástico e salvaram muitas vidas", afirmou.

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de uma discussão sobre o controle de armas no país, Trump não quis comentar. "Não falaremos hoje sobre a violência das armas. [O massacre] foi obra de uma pessoa doente e demente", afirmou.

Motivação ainda é mistério

Os investigadores ainda tentam desvendar o que levou Paddock, um contador aposentado de 64 anos, sem ficha criminal, a realizar o maior massacre da história recente americana. Ele se matou antes que a polícia invadisse seu quarto de hotel.

O presidente afirmou que as investigações estão "revelando muito mais" sobre o autor do ataque, mas disse que detalhes "serão anunciados no momento apropriado". 

Enquanto o mandatário visitava Las Vegas nesta quarta-feira, o FBI interrogou a namorada do atirador, Marilou Danley, de 62 anos, que estava nas Filipinas e chegou em Los Angeles na noite desta terça-feira. Ela é considerada uma "pessoa de interesse" para as investigações.

Segundo agências de notícias, Danley disse aos policiais que Paddock "nunca havia falado nada" a ela ou "tomado qualquer ação" que a fizesse entender, de alguma forma, "que uma coisa horrível dessas estava prestes a acontecer". "Nunca me ocorreu que ele estava planejando violência contra alguém."   

EK/rtr/afp/efe/dpa/ots