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Egito elabora novo calendário para eleições parlamentares

1 de março de 2015

Eleições marcadas para 22 e 23 de março devem ser adiadas após tribunal declarar inconstitucional o artigo que define os distritos eleitorais. Presidente al-Sisi determina que lei seja alterada no prazo de um mês.

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Ägypten - Proteste vor den Verfassungsgericht in Kairo
Foto: picture-alliance/dpa

A comissão eleitoral do Egito anunciou neste domingo (01/03) que vai elaborar um novo calendário para as eleições parlamentares marcadas para 22 e 23 de março. O anúncio ocorre depois de um tribunal egípcio determinar a inconstitucionalidade um artigo da lei que define os distritos eleitorais. A comissão ainda não informou as novas datas do pleito.

O artigo declarado inconstitucional pelo tribunal estipula a dimensão dos distritos eleitorais e o número de assentos atribuídos a cada zona, afirmou a agência de notícias estatal egípcia Mena. O presidente Abdel Fattah al-Sisi determinou que o governo altere o artigo no prazo máximo de um mês.

A decisão de adiar as eleições destaca o difícil caminho do Egito rumo à democracia desde a destituição do presidente islamita Mohamed Mursi em 2013 pelo Exército, após protestos em massa contra o governo do primeiro líder democraticamente eleito no país.

O Egito não possui um Parlamento desde junho de 2012, quando um tribunal dissolveu a Casa, com maioria islâmica. O fato foi um revés em uma grande conquista obtida pela revolta de 2011 que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Sem poder legislativo funcionando, Abdel Fatah al-Sissi, eleito em maio de 2014, exerce o poder sem controle parlamentar.

No domingo passado, a Comissão Eleitoral anunciou que 11 alianças e partidos políticos apresentaram listas de candidatos à câmara baixa do Parlamento.

De acordo com a comissão, 4.836 pessoas se apresentaram como independentes e serão os grandes protagonistas do próximo Parlamento, onde 80% dos lugares estão reservados a candidaturas individuais.

O novo parlamento terá 567 deputados em vez dos 600 que contava o anterior, 540 dos quais são eleitos por voto popular e os 27restantes são designados pelo presidente. Dos 540 eleitos, 420 sairão de candidaturas individuais e apenas 120 de listas partidárias.

FC/rtr/afp/rtr