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Dilma diz que não permitirá que democracia seja manchada

1 de abril de 2016

Em evento com líderes de movimentos de trabalhadores sem terra, presidente afirma que é preciso "oferecer resistências às tendências antidemocráticas" e assina decretos de desapropriação de terras para reforma agrária.

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presidente Dilma Rousseff
Foto: picture-alliance/dpa/F. Bizerra

Durante a cerimônia que marcou a reaproximação do governo com os movimentos de trabalhadores sem terra, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (01/04) que a democracia está ameaçada no Brasil e que é necessário manter a vigilância.

"Precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistências às tendências antidemocráticas e às provocações. Não defendemos a perseguição de qualquer autoridade. Nós não defendemos a violência. Eles exercem a violência, nós não", disse Dilma para a plateia que reuniu representantes de movimentos sociais e sindicais ligados ao campo e integrantes de comunidades quilombolas e do movimento negro.

A presidente ressaltou ainda que mais oportunidades e mais cidadania exigem mais democracia. "Nós sabemos que sem democracia a estrada das lutas contra as desigualdades será muito mais difícil. Por isso não vamos permitir que nossa democracia seja manchada."

Dilma concentrou seu discurso na defesa de ações do governo no campo da reforma agrária – um dos aspectos mais criticados pelos movimentos sociais devido à lentidão nos processos desde 2011 – e encerrou com a crítica ao processo de impeachment que corre no Congresso.

"Não há democracia quando os direitos de alguns são atropelados pelo arbítrio de outros. Por isso que é importante definir que um país precisa garantir oportunidades iguais para todos os seus integrantes", disse Dilma, ressaltando que irá continuar governando para superar as desigualdades.

No evento, a presidente assinou 25 decretos de desapropriação de terras para reforma agrária e regularização de quilombos, no total de 56,5 mil hectares.

Essa foi a quinta cerimônia em duas semanas que reuniu a presidente e movimentos contrários ao impeachment e grupos sociais simpáticos ao governo. Dilma já recebeu o apoio de intelectuais e artistas, movimentos sociais ligados à moradia e juristas.

CN/rtr/abr/efe