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Dificuldades para obter visto afastam acadêmicos da Europa

Thomas Franke (as)7 de junho de 2006

As barreiras no caminho para a União Européia são tão elevadas que muitos estudantes e pesquisadores acabam desistindo já na primeira fase do processo: a obtenção de um visto nas representações diplomáticas européias.

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Países da UE costumam solicitar muitos documentos para a liberação do vistoFoto: dpa

O caso da bióloga Valetina Dimitrovska, 27 anos, da Macedônia, é um exemplo. Ela foi convidada para permanecer dois anos trabalhando num centro de pesquisas na Itália. O convite e o contrato já estavam prontos. Faltava o visto.

Valentina afirma que conseguiu marcar uma entrevista na embaixada da Itália para 13 dias após a solicitação do encontro. "É necessário levar todos os papéis, cerca de 40, para provar que você não quer passar o resto da sua vida na Itália, mas que você um dia voltará para o seu país", explica.

Documentos

No prospecto da embaixada consta quais documentos são necessários para obtenção do visto: residência fixa na Macedônia, comprovante de renda dos pais, seguro de saúde e uma quantia em dinheiro geralmente alta para cidadãos de países emergentes ou em desenvolvimento. O último item costuma ser problemático para a maioria das pessoas, especialmente os jovens.

"Tive que comprovar que a minha mãe trabalha e tem dinheiro. O meu pai já é aposentado e tive que apresentar os extratos dos seus três últimos vencimentos", conta Valentina. O processo durou meses, mas ela obteve o visto.

Mudanças

Em Bruxelas, alguns parlamentares já falam em mudanças para evitar que jovens acadêmicos deixem de vir para a União Européia e optem pelos Estados Unidos ou pelo Canadá devido às dificuldades.

"São exatamente as pessoas inteligentes que um dia cansam de esperar por um visto para a União Européia e decidem ir para os Estados Unidos ou o Canadá, onde elas são desejadas e podem pesquisar e trabalhar", diz a parlamentar do partido conservador EVP Ewa Klamt.