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Dezenas morrem em ataques aéreos sauditas no Iêmen

8 de outubro de 2016

Quatro bombardeios consecutivos atingem local de festas na capital Sana. Autoria é da coalizão sob comando da Arábia Saudita, visando rebeldes xiitas iemenitas. Líderes podem estar entre os mortos.

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Ataque aéreo a sala de eventos em Sanaa, Iêmen
Sala de eventos completamente destruída, cadáveres carbonizados e mutilados em SanaaFoto: Getty Images/AFP/M. Huwais

Pelo menos 82 pessoas morreram e 534 ficaram feridas em ataques aéreos da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita contra uma sala de eventos no sul da capital iemenita, Sanaa, neste sábado (08/10), informou o Ministério da Saúde do governo dos rebeldes houthis.

Em entrevista coletiva, o porta-voz do órgão, Ghazi Ismail, pediu a todos os médicos especialistas que se dirijam ao local para "salvar os feridos", e aos cidadãos, que façam doações de sangue. Ele também solicitou às organizações internacionais operantes no Iêmen que "cumpram seus deveres humanitários" e prestem atendimento médico.

O ataque a um salão do bairro residencial de Al Jamsin aconteceu quando centenas de pessoas homenageavam no local o pai, recentemente morto, do ministro do Interior do governo insurgente, Galal al-Rawishan. Este se encontra entre os feridos graves. A sala de eventos, completamente destruída, ficou semeada de cadáveres carbonizados e mutilados.

Coalizão sunita contra xiitas do Iêmen

Ao todo quatro bombardeios atingiram consecutivamente o local, os dois últimos no momento em que equipes de emergência já tinham começado os trabalhos de evacuação e resgate. Os feridos foram levados aos hospitais em ambulâncias e carros particulares.

Em meio ao caos e correria, muitos chegavam ao local do ataque procurando notícias de parentes e amigos. Falando à agência de notícias Efe, uma fonte do movimento rebelde dos houthis, que não quis se identificar, disse que os dirigentes do governo insurgente presentes na cerimônia poderiam estar entre os mortos.

A coalizão de países árabes e sunitas começou uma campanha militar no Iêmen em março de 2015 contra os rebeldes xiitas, que controlam a capital Sanaa, em apoio às forças leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, atualmente exilado em Riad.

AV/efe,ap