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Dezenas de escolas de Berlim registram casos de covid-19

21 de agosto de 2020

Na segunda semana após a volta às aulas na capital alemã, parte das instituições de ensino fundamental e médio tiveram que adotar quarentena. Contágios diários na Alemanha voltaram a atingir marca comparável às de abril.

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Crianças de máscara protetora fazem fila
Regras anti-covid nas escolas são decididas na Alemanha pelos governos estaduaisFoto: Getty Images/AFP/I. Fassbender

Pelo menos 41 das 825 escolas do ensino fundamental e médio de Berlim registraram casos de covid-19 entre professores e alunos, menos de duas semanas após o reinício das aulas, informou nesta sexta-feira (21/08) o jornal Berliner Zeitung.

A reportagem se baseia em dados das autoridades de educação da capital alemã, segundo as quais 37 escolas impuseram quarentena a uma parte dos professores e alunos, após o surgimento de infecções pelo coronavírus. Em algumas escolas, as medidas de quarentena já foram suspensas. Sobre os centros de formação profissional, ainda não há dados oficiais disponíveis.

A senadora encarregada da Educação em Berlim, Sandra Scheeres, diz que apesar dos números, as instituições não se tornaram centros de transmissão da covid-19, e "de modo geral, as infecções chegam a elas vindas de fora". Devido à falta de diretrizes específicas para lidar com um possível aumento dos casos, um grupo que supervisiona a higiene nas escolas começa na próxima segunda-feira a elaborar um plano escalonado para o sistema escolar berlinense.

O Berliner Zeitung avalia que os casos de transmissão da doença em Berlim após duas semanas de aulas não representam ameaça ao funcionamento regular das instituições de ensino. Na maioria dos casos, foi registrado apenas um professor ou aluno infectado, e não há constância de contágios dentro das escolas, afirma o jornal.

Nenhum tipo de instituição foi considerado mais vulnerável, já que os casos registrados se distribuem por escolas do ensino fundamental e médio, e centros de educação especial, tanto públicos quanto privados. A educação escolar na Alemanha não está a cargo dos 16 governos estaduais, o que resulta em regras díspares, principalmente quanto à obrigatoriedade do uso de máscaras.

Berlim foi um dos primeiros locais da Alemanha a reabrir as escolas após as férias de verão. As autoridades impõem aos alunos o uso obrigatório de máscaras nos corredores, durante as pausas e ao entrar nas salas de aula, mas elas podem ser retiradas quando eles se sentam em seus lugares. Alguns na cidade-estado consideram as medidas demasiadamente brandas.

Em apenas sete dos cerca de 2.700 jardins de infância berlinenses foram registradas "restrições relacionadas à pandemia de coronavírus", com o fechamento de um dos locais ou com grupos de pessoas colocadas em quarentena, segundo as autoridades locais.

O Instituto Robert Koch (RKI), para controle e prevenção de doenças infecciosas, registrou nas últimas 24 horas 1.427 casos em todo o país e sete novas mortes. Na véspera, a contagem diária das infecções ultrapassou a marca de 1.700, que não era atingida desde abril.

O total de infecções no país desde o registro do primeiro caso, em 27 de janeiro, já ultrapassa 230 mil, com 9.260 mortos. Os casos ativos são de cerca de 15 mil.

Em Berlim foram registrados 80 novos casos covid-19 nas últimas 24 horas, e com duas novas mortes, a cidade soma 226 óbitos relacionados à doença. Desde o inicio da epidemia no país, a capital contabiliza 10.543 casos, estando mais de 800 ainda ativos.

RC/ap/efe

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