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Dez fatos sobre o HIV

Brigitte Osterath (ba)23 de julho de 2014

Mesmo que hoje o tratamento do vírus da aids seja acessível a muito mais pessoas do que há 20 anos, o HIV ainda mata mais de um milhão de indivíduos por ano. No Brasil, medicamentos diminuíram em 80% o número de mortes.

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Foto: picture-alliance/dpa

1. Mais de 35 milhões de pessoas no mundo têm HIV. Dois terços delas vivem na África subsaariana. A África do Sul é o país mais afetado, onde uma em cada seis pessoas tem o vírus. O tema é tão comum no país que, há dez anos, a versão sul-africana da Vila Sésamo ganhou uma nova personagem: Kami – amarela, peluda e soropositiva.

2. O HIV é mais facilmente transmitido do homem para a mulher durante a relação sexual do que vice-versa. A circuncisão pode reduzir em até 60% o risco de que um homem HIV positivo infecte mulheres.

3. HIV e aids ainda não têm cura. Medicamentos antirretrovirais apenas evitam que o vírus se multiplique no corpo humano. O tratamento inclui três ou mais medicamentos antirretrovirais, que o paciente deve tomar pela vida inteira. No Brasil e na China, os medicamentos diminuíram em 80% o número de mortos pelo HIV.

4. Por conta do HIV, a expectativa média de vida diminuiu drasticamente em muitos países depois de 1990, especialmente na África. Mas com o uso dos medicamentos antirretrovirais, a expectativa voltou a subir. Na África do Sul, por exemplo, passou de 54 anos, em 2005, para 60 anos, em 2011.

5. Os medicamentos contra o HIV são caros. Os custos do tratamento podem chegar a milhares de dólares por mês, dependendo dos medicamentos. Portanto, levou algum tempo para que os antirretrovirais estivessem disponíveis na África. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde, 19 milhões de pessoas infectadas pelo HIV não têm acesso a remédios contra o vírus.

6. Ainda não existe uma vacina contra o HIV. Até agora, houve poucos grandes estudos clínicos sobre vacinas em seres humanos. Uma vacina que foi testada até 2009 na Tailândia poderia reduzir o risco de infecção por HIV em cerca de 25%.

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Preservativos são essenciais para evitar o contágioFoto: picture alliance / OLIVER BERG / APA / picturedesk.com

7. O vírus sofre mutação rapidamente no corpo da pessoa infectada. Por isso, criar uma vacina é tão difícil. No entanto, apenas algumas variantes do vírus são capazes de infectar outras pessoas durante uma relação sexual sem proteção. Em menos de 1% dos casos há um contágio. Mas isso não é motivo para não usar preservativo – afinal, uma vez sem ele pode bastar.

8. Uma pessoa infectada pelo HIV demora de três a seis semanas após o contágio para começar a produzir anticorpos contra o vírus. Portanto, durante esse período, o teste dará negativo mesmo se o paciente estiver infectado.

9. Uma mistura perigosa: HIV e tuberculose. Indivíduos infectados por VIH têm um risco 20 vezes maior de contrair tuberculose. Na África, a tuberculose é a principal causa de morte entre as pessoas que têm HIV.

10. Por um bom tempo, a política de saúde contra o HIV na África do Sul espantou o resto do mundo: sob a presidência de Thabo Mbeki, o Ministério da Saúde recomendou, em 2008, alho, beterraba e azeite de oliva como antídotos. Na época, ntirretrovirais eram negados aos sul-africanos. Felizmente, a situação mudou no país.