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Destino obrigou Völler a melhorar a Alemanha

Marcio Weichert11 de junho de 2002

A vitória da Alemanha sobre Camarões e sua conseqüente classificação para as oitavas-de-final não deixou de ser merecida, apesar do desastre apresentado no primeiro tempo.

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A partida desta terça-feira em Shizuoka mostrou mais uma vez o verdadeiro estágio do futebol alemão. Orientada por Rudi Völler, a equipe nacional quis ditar o ritmo do jogo, mas descontrolou-se assim que Camarões começou a passear pela frágil defesa alemã. Sem conseguir organizar seu próprio jogo, os alemães dedicaram-se a destruir com faltas as do adversário.

O festival de cartões que se seguiu não chegou a ser exagerado, como denunciam os alemães. A arbitragem do espanhol Antonio Lopes Nieto não foi perfeita – não viu Ballack ser atacado sem bola por um camaronês – e pode até ter abusado dos cartões, mas seu objetivo era claro: impedir que o jogo descambasse para a violência e manter sua autoridade. E foi até bem sucedido neste sentido.

Camarões perdeu porque foi incapaz de aproveitar-se da desorganização e do desespero da Seleção Alemã, nem da superioridade númerica em campo durante os 50 minutos entre a expulsão de Ramelow e a de Suffo.

Seja por competência do goleiro Oliver Kahn, seja por sorte, a Alemanha resistiu à pressão camaronesa e voltou do intervalo reorganizado. Com mudanças forçadas pela perda do líbero e comandante da defesa, a equipe de Rudi Völler evoluiu.

Passada a pressão psicológica do início do jogo e até mesmo já relaxada com a perspectiva de uma derrota por jogar com um homem a menos, a seleção soltou-se mais em campo, agiu com maior objetividade e conseguiu o que já se imaginava quase impossível. Da mesma foram, a retaguarda ficou melhor protegida.

Depois de ter repetido durante toda a primeira fase o mesmo time, o técnico agora será obrigado a buscar uma nova formação, pois três jogadores estão suspensos (Ramelow, Hamann e Ziege). Há males que vêm para o bem. Serão estas suspensões um deles?