Debate na TV: o que disseram os candidatos?
Sete presidenciáveis participaram do dois primeiros debates antes da eleição de outubro. Conheça alguns dos temas discutidos e propostas apresentadas por cada um deles.
Sete presidenciáveis
O segundo debate entre os candidatos à Presidência, promovido por SBT, "Folha de S. Paulo", UOL e Jovem Pan nesta segunda-feira (01/09), foi transmitido simultaneamente pela TV, internet e rádio. Sete candidatos participaram: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
Band abriu debates
Os mesmos sete candidatos estiveram no primeiro debate, organizado pela Bandeirantes. O primeiro confronto aconteceu ainda sob o impacto da trágica morte de Eduardo Campos. Marina Silva já participou como sua sucessora. Ela já despontava nas pesquisas, mas ainda sem a força de agora.
Dilma Rousseff (PT)
O empate entre Dilma e Marina, segundo a última pesquisa de intenção de voto, foi destaque no segundo debate. Dilma disse que "a queda é momentânea" e negou a situação de recessão atribuída à economia brasileira. Ao falar da situação nos presídios, a petista defendeu uma mudança constitucional para instituir uma responsabilidade compartilhada entre governos federal, estadual e municipal.
Marina Silva (PSB)
Quando perguntada sobre as propostas do PSB para a economia – como 10% do PIB para a Educação, 10% da receita bruta da União para a Saúde e passe livre para estudantes de escola pública –, Marina disse que o dinheiro virá de uma gestão mais eficiente das contas públicas. Quanto ao polêmico tema do aborto, a candidata disse ser contra a sua prática, mas a favor da realização de um plebiscito.
Aécio Neves (PSDB)
Sobre o tema corrupção, Aécio falou das propostas de "um novo ciclo de governança" que pretende instalar no país, afirmando que "todas as denúncias devem ser investigadas". O tucano também abordou o tema recessão, atacando o governo atual. "Um país que não cresce, não gera empregos. Infelizmente essa é a herança perversa desse governo. O Brasil precisa de um novo ciclo de governo."
Pastor Everaldo (PSC)
O candidato do PSC disse ser contra o aborto e defendeu a família tradicional "como está na Constituição". Pastor Everaldo prometeu ainda criar o Ministério de Segurança Pública, integrar as forças de segurança do país e atacar "a delinquência nas ruas". "Vamos fazer uma força-tarefa para que esse delinquente que rouba, que mata, que estupra seja severamente punido."
Luciana Genro (PSOL)
No tema economia, Luciana Genro voltou a usar a estratégia já adotada no primeiro debate de criticar as propostas dos três candidatos mais fortes. "Eles querem seu voto para governar com os mesmos de sempre", disse. "Os juros consomem todo nosso dinheiro, fazendo com que os bancos lucrem cada vez mais", afirmou ao propor uma alíquota de imposto sobre as fortunas no país.
Eduardo Jorge (PV)
Eduardo Jorge defende a descriminalização do aborto e a legalização das drogas. Ao ser questionado sobre tal posição em contraste com a defendida em 2010, o candidato do PV disse que, naquele momento de coligação com Marina, não seria possível defender tais ideias. "Como médico defendo isso há mais de 20 anos."
Levy Fidelix (PRTB)
Sobre o tema segurança pública, o candidato do PRTB defendeu a privatização das penitenciárias e a redução da maioridade penal. "Aqueles que praticam a morte com apenas 16 anos têm que ser punidos com maioridade penal reduzida imediatamente."